‘Essa vaquinha significa a nossa sobrevivência’. É assim, sem maiores delongas, que o presidente do Cordão da Bola Preta, Pedro Ernesto Marinho, define a importância da primeira campanha de financiamento coletivo lançada pelo bloco em seus quase 103 anos de existência para que mantenha suas atividades.
Tristeza sem fim: cidade do Rio não terá carnaval de rua em 2021
Criado em 31 de dezembro de 1918, o Bola (para os íntimos) resistiu a duas guerras mundiais, mudanças de regime, períodos de censura, e agora vive sua segunda pandemia – ele foi fundado durante a segunda onda de contaminação de gripe espanhola.
Réveillon 2021: somente uma empresa faz proposta pela festa
Nada disso impediu que o grupo mantivesse viva a tradição do carnaval de rua, até o coronavírus estragar a festa. “Ficou impossível manter uma instituição que há oito meses não fatura nada”, diz Pedro. “Estamos com absolutamente todas as contas atrasadas e mais de 50 músicos sem fonte de renda. A situação é crítica”.
Andreia Sadi está grávida de gêmeos
Apesar de não fazer parte da Sebastiana, associação que reúne 11 tradicionais blocos do Rio, o Bola vai seguir a determinação da liga e não irá desfilar em 2021. Mais um baque. “A gente escuta a ciência. Carnaval de rua é aglomeração, beijos, abraços... Claro que não vamos desfilar enquanto não houver vacina”. Há, no entanto, planos de fazer um evento virtual em fevereiro para não deixar a data passar em branco. Depois da imunização, “aí a coisa vai ser séria”, conta o presidente. “Em 2022, se já tiver a vacina, vamos fazer o maior carnaval de rua que este país já viu. Vai entrar para a história”.
+ Para receber VEJA Rio em casa, clique aqui
Para fazer doação ao Cordão da Bola Preta, basta acessar o link https://www.benfeitoria.com/vemprobolameubem, fazer o login na plataforma, escolher a sua recompensa e clicar em apoiar.