No dia 17 de janeiro, a sensação térmica no Rio alcançou inacreditáveis 59,5 graus em Guaratiba, na Zona Oeste, o recorde deste verão. Em toda a cidade, os efeitos do calor vêm alterando a rotina dos cariocas, que precisam se adaptar às altas temperaturas, acentuadas pela combinação entre o fenômeno El Niño e o aquecimento global.
Os efeitos das mudanças climáticas já não estão mais tão distantes assim e as projeções são alarmantes: o Human Climate Horizons, fruto da parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a agência Climate Impact Lab, divulgou que o Rio de Janeiro poderá ter 7,35% de seu território coberto pelo mar até 2100, caso o planeta continue a aumentar as emissões de gases de efeito estufa, e 4,4% se mantiver o atual ritmo de emissões.
Diante das temperaturas escorchantes e suas consequências palpáveis, uma série de iniciativas busca amenizar os efeitos de tantos graus centígrados. No âmbito municipal, está prevista a criação de 30 quilômetros de corredores verdes, além de dois novos parques urbanos: o Maciço da Preguiça, em Botafogo, e o Cesário de Melo, em Inhoaíba, como revela a reportagem de capa da edição de fevereiro. Não temos tempo a perder.
Fernanda Thedim
Editora-chefe