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Festinha à moda antiga

Endereços com atividades mais lúdicas despontam como uma alternativa atraente na hora de comemorar o aniversário da criançada

Por Lais Botelho
Atualizado em 2 jun 2017, 13h20 - Publicado em 16 out 2013, 18h30
Selmy Yassuda
Selmy Yassuda (Redação Veja rio/)
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Mesmo para quem tem filhos pequenos, as festinhas infantis não costumam ser o programa mais aprazível do fim de semana em família. Enquanto as crianças entram e saem de brinquedos modernosos, dignos dos parques de diversões, os adultos costumam ficar à mercê das bandejas de coxinhas e quibes, que circulam por ambientes onde a trilha sonora, sempre nas alturas, passa por clássicos da Xuxa aos novos hits da Galinha Pintadinha. Para alívio dos pais, no entanto, há uma leva de novas casas de festas apostando em uma proposta bem mais lúdica ? e menos barulhenta. Saem de cena os videogames, fliperamas e montanhas-russas e ganham espaço aulas de jardinagem e reciclagem, oficinas de culinária e de mecânica, passeio de cavalo e até trilhas pelo meio do mato para observar flores e insetos. “A volta dessas atividades é muito bem-vinda porque elas desenvolvem não só a coordenação motora, como estimulam também a parte cognitiva, o raciocínio”, avalia Zena Eisenberg, coordenadora do curso de pedagogia da PUC-Rio.

Foi justamente buscando uma alternativa às casas de festas tradicionais que a atriz Fernanda Rodrigues rodou por quase uma dúzia de endereços até encontrar o local para comemorar os 4 anos da filha Luisa, em dezembro. O favorito foi o Centro Cultural Goiabeira Coisa e Tal, que abriu as portas há menos de um mês, apostando nessa nova tendência do mercado de festinhas para crianças. Por lá, não existem fliperamas, muito menos música alta e animadores gritando com microfone em punho. A aposta é em brincadeiras de antigamente. Em um terreno de 1?500 metros quadrados na Barrinha, os pequenos se sujam de terra ao aprender a plantar, podem correr atrás dos coelhinhos e porquinhos-da-índia do minizoológico, e preparam e confeitam o bolo que será servido aos convidados ao final da comemoração. “Acho que a criançada vai curtir muito mais, e nós vamos sofrer muito menos”, brinca a atriz.

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Engana-se quem pensa que essa proposta mais lúdica se reflita em orçamentos mais camaradas. Pelo contrário. Os valores cobrados por pessoa começam em 84 reais no caso do espaço Bichinho do Mato, em Vargem Grande, onde professores de pedagogia, biologia e educação física conduzem as dinâmicas pelos 30?000 metros quadrados de área verde, e podem chegar a quase o dobro disso. Inaugurada em agosto, a Na Moitta, no início da Barra, se vale de atrações como aulinha de corte e costura, minimarcenaria e pista de boliche para atrair os pais na hora de festejar o aniversário dos filhos. Para receber 100 convidados durante quatro horas no local, é preciso desembolsar 16?000 reais. O preço, porém, não parece assustar: há poucos fins de semana vagos até dezembro. Pelo visto, na hora de pagar a conta a brincadeira fica séria.

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