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Caso Marielle completa 3 meses sem identificação de seus autores

Para promotor, mortes de vereadora e motorista formam caso mais difícil da história

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 13 jun 2018, 13h31 - Publicado em 13 jun 2018, 13h29
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  • Ato na Cinelândia contra o assassinato de Marielle Franco
    (Saulo Guimarães/Veja Rio)

    As mortes da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes completam 3 meses sem esclarecimento neste sábado (14). Em entrevista ao jornal O Globo, um promotor envolvido nas investigações afirmou que o caso é o mais difícil da história da Delegacia de Homicídios.

    De acordo com Homero Freitas Filho, a tarefa de desvendar os autores dos assassinatos da parlamentar e seu funcionário tem se mostrado mais complicada do que o esclarecimento de crimes anteriores de importância similar, como a morte da juíza Patrícia Acioli e a execução do pedreiro Amarildo de Souza. “Posso afirmar que a morte de Marielle é sem dúvida o crime de solução mais complicada. A falta de informações e a conclusão sobre a real motivação do crime são as principais dificuldades”, comentou Homero. Segundo ele, nenhuma hipótese foi descartada até o momento.

    Segundo reportagem de O Globo, os investigadores envolvidos no caso avaliam se uma movimentação percebida nas placas do teto do gabinete de Marielle no início de fevereiro seria um indício de que o local teria sido alvo de escutas anteriormente. A suspeita é reforçada pelo episódio de um homem filmado escalando o palácio Pedro Ernesto no mesmo período desse ano. Na ocasião, o vereador Tarcísio Motta chegou a pedir uma varredura nas instalações do prédio, que não foi realizada.

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    Marielle e Anderson vinham de um evento na Lapa no dia 14 de março quando o carro no qual estavam foi interceptado por um Cobalt prata e se tornou alvo de uma rajada de tiros. Quinta vereadora mais votada do Rio nas eleições de 2016, a parlamentar nascida no Complexo da Maré tinha atuação em áreas da cidade não-controladas, o que pode ter contrariado o interesses e ter sido um fator decisivo para sua execução, que representou o maior ataque do crime organizado ao poder constituído no país em anos. O assassinato se mostra ainda mais grave quando se considera que o estado do Rio tinha a área de segurança pública sob intervenção federal havia um mês quando o homicídio aconteceu.

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