O estado do Rio registrou o aumento de 300% dos casos de dengue neste ano, segundo dados da Secretaria estadual de Saúde (SES). O levantamento comparou os meses de janeiro a outubro de 2022 com o mesmo período de 2021. Com base nos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), foram contabilizados 10 471 casos e catorze óbitos até o dia 16 de outubro. Em 2021, foram 2 613 casos e quatro mortes pela doença.
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Neste mesmo período em 2022, houve também o crescimento de 24% das ocorrências de chikungunya. Foram identificados 611 casos, mas nenhuma morte pela doença. No ano anterior, 492 pessoas tinham sido diagnosticadas com a arbovirose e nenhuma morte foi registrada. Entre as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, somente a zika apresentou queda no estado.
Apenas na capital fluminense, foram observadas 4.415 ocorrências de dengue e quatro mortes neste ano, além de 301 de chikungunya, sem óbitos, e nenhum registro de zika. De acordo com a Secretaria municipal de Saúde (SMS), mais 7,3 milhões de vistorias em imóveis para controle e prevenção de possíveis focos do Aedes aegypti foram realizadas desde o início deste ano, resultando na eliminação de mais de 1,4 milhão de recipientes que permitiam a proliferação do mosquito.
Com o verão mais próximo, época em que há o aumento de focos do inseto no estado, a SES lançou um Plano de Contingência de combate às doenças. Entre os principais objetivos do plano, está o monitoramento da circulação viral da dengue, zika e chikungunya em todas as regiões do estado, a identificação das áreas de maior risco, a qualificação da assistência para atendimento aos pacientes e a detecção precoce dos casos e a organização da rede assistencial para acompanhamento dos casos na fase crônica.
A dengue é uma doença febril aguda causada pela picada do Aedes aegypti e circula por meio de quatro vírus: DenV-1, DenV-2, DenV-3 e a DenV-4, sendo o sorotipo 2 predominante atualmente no estado. O tipo DenV-2 é o mesmo que causou a maior epidemia de dengue no Rio em 2008 e o seu reaparecimento está ligado ao aumento de casos neste ano.
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Para evitar a proliferação da doença, a Secretaria ressalta a importância de acabar com os focos de larvas dos mosquitos. Cobrir bem os reservatórios de água, colocar areia nos pratos de plantas, limpas as calhas, cobrir piscinas e deixar as lixeiras bem tapadas estão entre as medidas de prevenção que cada um pode adotar em sua casa.