Apenas um ano após figurar pela primeira vez no ranking dos museus mais visitados do mundo, feito pela renomada publicação inglesa The Art Newspaper, o Centro Cultural Banco do Brasil fez bonito mais uma vez. Se em 2010 foi o 15º museu mais visitado do mundo, no ano passado o CCBB colocou o Rio no topo da lista de exposições mais vistas no planeta. Pelo majestoso saguão com piso de mármore de Carrara do prédio passaram nada menos do que 9 677 espectadores por dia, que conferiram a elogiada mostra O Mundo Mágico de Escher, em cartaz de janeiro a março de 2011. Além da primeira colocação, o CCBB emplacou outras duas exposições no top 10: Mariko Mori e Laurie Anderson ocupam, respectivamente, o sétimo e o nono lugares da lista.
Desde 1989, quando foi aberto, o CCBB impressiona pela qualidade e regularidade de sua programação cultural. A marca atingida em 2011 apenas consolida a vocação do espaço como um dos principais centros culturais do mundo. Para você saber mais sobre ele, VEJA RIO listou dez curiosidades desta joia carioca. Confira!
1 – SEGUNDO ANO, PRIMEIRO COLOCADO
Esta é apenas a segunda vez em que o CCBB é contabilizado no levantamento da The Art Newspaper, realizado desde 1996. É que somente em 2010 o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), órgão federal criado em 2009 para representar os museus nacionais internacionalmente, solicitou ao CCBB um relatório de informações sobre a visitação do espaço.
2 – DE 15º PARA 17º
Mesmo assim, no ranking geral de museus mais visitados do mundo, o CCBB alcançou a 17ª colocação, duas a menos que no ano anterior. Em 2010, 2 317 772 pessoas visitaram o CCBB. No ano passado, foram 2 288 117.
3 – MENOS VISITANTES
A queda se justifica pelo fechamento da biblioteca do Centro, que passa por uma grande reforma. Anualmente, ela recebe em média 150 mil pessoas. A reabertura está prevista para o fim do primeiro semestre de 2012.
4 – ALTAS CIFRAS
O que diferencia o CCBB de outros centros culturais é a capacidade de patrocinar sua programação. Para 2012, o Banco do Brasil aportou R$ 40 milhões para os projetos contemplados nos 4 Centros Culturais que administra (Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte). Desta quantia, R$ 15,5 milhões foram destinados só para a unidade carioca.
5 – ESPAÇO DISPUTADO
Dos 5 831 projetos inscritos para a temporada 2012 do CCBB Rio, entre espetáculos teatrais, mostras, shows e concertos, apenas 93 foram selecionados.
6 – O RECORDE É DE 2001
Apesar do reconhecimento vir agora, os maiores recordes de visitação do CCBB foram registrados nos anos 2000. A exposição Surrealismo, em cartaz de agosto a outubro de 2001, alcançou a média diária de 12 329 visitantes – a maior da história do Centro. Em seguida, aparecem Arte da África (outubro de 2003 a janeiro de 2004) e Ascension – Anish Kapoor (agosto a setembro de 2006), com média de 10 990 e 10. 105 espectadores por dia, respectivamente. Somente a quarta posição é ocupada por O Mundo Mágico de Escher.
7 – A ESTREIA
O centro abriu as portas em outubro de 1989 com uma homenagem ao escritor Machado de Assis. No teatro, Bia Lessa encenava sua versão de Orlando, de Virginia Woolf, com Fernanda Torres e Cláudia Abreu no elenco.
8 – ÊXITO NOS ANOS 90
Em 1993, em sua primeira edição, o Anima Mundi virou sucesso de público. Três anos mais tarde, Chico Buarque participou de Rodas de Leitura dirigidas por Suzana Vargas. Luis Fernando Verissimo também esteve por lá em 1996, 1999 e 2002. Também em 99, o CCBB recebeu a primeira exposição dedicada a Andy Wahrol. As 237 pinturas, esculturas e gravuras do artista, da coleção José Mugrabi, levaram 248.000 visitantes ao CCBB.
9 – NOS ANOS 2000
Duas grandes mostras marcaram o Centro. Para ver as 400 obras de Duchamp, Dali, Picasso, Miró e Magritte, vindas de coleções da Europa, Estados Unidos, Haiti, México e Brasil, 739 719 visitantes conferiram a mostra Surrealismo em 2001. Dois anos mais tarde, a exposição Arte da África foi o maior sucesso de toda a história do CCBB. 747 295 visitantes conferiram as 300 peças do Museu de Etnologia de Berlim.
10 – VEM POR AÍ
Para 2012, estão previstos na programação as exposições Amazônia – Ciclos de Modenidade, e Viva Elis, sobre a vida e a obra de Elis Regina. O festival de teatro Cena Brasil Internacional e os espetáculos Raimunda, Raimunda, protagonizado por Regina Duarte, e Esta Criança, estrelado por Renata Sorrah, também entrarão em cartaz. No Cinema mostras e festivais levam às telas do CCBB filmes de Abel Ferrara, Bergman, Aleksander Sukurov, Os Trapalhões e Roberto Farias.
Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Primeiro de Março, 66, Centro, tel. 3808-2020. Aberto ao público de terça a domingo, de 9h as 21h. Mais informações em www.bb.com.br/cultura