Uma realidade que salta aos olhos nas ruas foi confirmada pela prefeitura: o número de pessoas vivendo ao relento na cidade aumentou 8,2% desde 2020. De acordo com dados do novo censo feito pela Secretaria municipal de Assistência Social, foram identificadas 7.865 pessoas sem teto por aqui, o que na prática significa um habitante nesta situação a cada 857,9. A região do Centro concentra a maior parte da chamada população em situação de rua. Lá foi constatado que subiu 18,2% o número de desabrigados.
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Outro dado da pesquisa que preocupa é o número de dependentes químicos nas ruas: 1.227. O levantamento deste ano mostrou mudanças em comparação com o de 2020, quando o problema era mais identificado na Zona Sul e na região de Jacarepaguá. Hoje, quase 70% dos usuários de drogas ficam na Zona Norte, no entorno de comunidades como Manguinhos, Jacarezinho e Maré.
O secretário municipal de Assistência Social, Adilson Pires, vai anunciar nesta sexta (14) um plano para tentar reduzir o número de sem-teto na capital. Uma das propostas é aumentar a oferta de albergues. A prefeitura conta hoje com 1.612 vagas em albergues, comunidades terapêuticas e outros serviços. A meta é ampliar essa oferta em mais 500 até o fim deste ano. Entre as medidas que serão tomadas neste sentido estão alugar imóveis em dez regiões da cidade e convertê-los em albergues, para prestar o atendimento de forma descentralizada, e avaliar se é possível recuperar um antigo abrigo na Central do Brasil, que está fechado por problemas estruturais.
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Em outra frente, ele pretende conversar com os setores de hotéis, bares, restaurantes e supermercados. A ideia é que os empresários ofereçam treinamento e cursos para integrar essas pessoas ao mercado de trabalho.