‘Janelas quebradas’: empresas se aliam para conter deterioração do Centro
Aliança Centro-Rio reúne imobiliárias que somam quarenta prédios na vizinhança; ideia é se tornar primeiro BID da América Latina
Todos os dias, uma equipe sem nenhuma ligação com o poder público percorre 14 quilômetros de uma rota predefinida no Centro para detectar problemas, que vão de bueiros destampados à venda de drogas. O monitoramento começou em setembro do ano passado, quando a pandemia provocou um esvaziamento — e a consequente degradação — da região.
+ Rio visto de cima: há 25 anos, biólogo mantém olho vivo sobre a cidade
+ Chovendo hambúrguer: vendendo 502 000 por mês, O Burguês abocanha mercado
Essa foi uma das primeiras iniciativas da Aliança Centro-Rio, associação de dezesseis empresas imobiliárias que soma quarenta prédios na vizinhança. A ideia é arregaçar as mangas e reverter a situação. Tais rondas levaram a prefeitura, por exemplo, a tirar da Rua Rodrigo Silva uma ex-banca de jornais que passou a vender drogas e mercadorias roubadas.
+ Passando a sacolinha: em 3 anos, lei tirou de circulação 8,1 bilhão delas
+ Que proibidão que nada: a história autorizada do funk em 130 imagens
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
“O ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani dizia que um espaço com várias janelas quebradas deteriora e compromete todo um bairro. E temos uma série de janelas metafóricas para consertar”, afirma Marcelo Haddad, CEO da aliança, que pretende ser o primeiro BID (Business Improvement District) da América Latina, assim que a legislação brasileira permitir a arrecadação de recursos pela iniciativa privada para, com o setor público, revitalizar e manter áreas da cidade como o Centro, o coração dela.