Os 10 599 registros de roubo de carga no Estado do Rio em 2017 constituem um triste recorde — e o problema continua. Em 8 de janeiro, barris com 360 litros de chope Cabanagem, que a microcervejaria Motim lançaria dois dias depois, foram levados na Avenida Washington Luiz, em plena luz do dia. Nas estatísticas do ano passado, há pelo menos outros dois casos de produtos inusitados surrupiados. Em novembro, Louzier Lessa, dona da Louzieh Doces, teve uma encomenda com 2 000 bombons, brigadeiros e chocolates roubada a caminho de uma festa de casamento. Em outra ocorrência, criminosos interceptaram um caminhão com 3 000 discos da banda Picassos Falsos. “Aconteceu algo inédito em nossa carreira. Antes de os discos chegarem às lojas, tivemos de dobrar a prensagem”, faz piada o baixista Luiz Henrique Romanholli.