Em meio a grave crise da ocupação das escolas, o chefe de gabinete da secretaria estadual de Educação, Caio Castro Lima, pediu exoneração de seu posto depois de ser hostilizado na desocupação do colégio Prefeito Mendes Moraes, na Ilha do Governador, na segunda (16). O executivo foi acusado de fascista por uma professora grevista e Castro acabou respondeu, mandando-a calar a boca. Em meio ao tumulto, manifestantes gritaram que ele havia publicado informações pró-Desocupa em redes sociais. Castro confirma a autoria, mas nega que tenha incentivado o movimento.
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Apesar da confusão, que terminou na expulsão do ex-chefe do colégio, os alunos tiveram três reivindicações atendidas: a exoneração do diretor Marcos Madeira, fim do Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Saerj) e a reunião da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) com os outros colégios ocupados. Os estudantes ocuparam o prédio ao longo de 56 dias. O governo ainda decidiu repassar R$ 15 mil mensais para obras estruturais nas unidades. Ainda de acordo com a secretaria, outras seis escolas estaduais já foram desocupadas, mas ainda há 70 colégios ocupados.