Cinco programas imperdíveis para o fim de semana
Confira a seleção especial de VEJA RIO para deixar seu fim de semana ainda mais animado
Criada em 1680 por um decreto do rei Luís XIV, a mais tradicional instituição do teatro francês tem prestígio proporcional aos seus mais de três séculos de existência. Tamanha importância foi conquistada em boa parte graças a um notável trabalho de preservação da memória da dramaturgia do país ? Molière (1622-1673), Corneille (1606-1684) e Racine (1639-1699) são os pilares do repertório do grupo. Em sua terceira visita ao Brasil, a trupe apresenta na Cidade das Artes a comédia O Jogo do Amor e do Acaso, de Marivaux (1688-1763), sob a direção do búlgaro Galin Stoev. Na trama, os jovens Silvia (Léonie Simaga) e Dorante (Alexandre Pavloff) nunca se viram, mas são prometidos em casamento um ao outro. Para saber quem é realmente o futuro cônjuge, ela decide conhecê-lo disfarçada como sua camareira (Suliane Brahim), enquanto esta se apresenta como a patroa. Mas o rapaz tem a mesma ideia e troca de papel com seu criado (Noam Morgensztern). A peça terá apenas três sessões, no idioma original, com legendas eletrônicas (120min). 14 anos.
Cidade das Artes ? Grande Sala (1?248 lugares). Avenida das Américas, 5300, Barra da Tijuca, ☎ 3328-5300. Sábado (19), 20h; domingo (20), 17h; dia 21, às 21h. R$ 20,00 a R$ 100,00. Bilheteria: 13h/21h (ter. a sex.); a partir das 12h (sáb. e dom.); a partir das 13h (seg.).
Steve Tyler (voz) e Joe Perry (guitarra) são os líderes de um fenômeno pop. Há mais de quarenta anos na estrada, quase sempre em paz e com a formação original ? os outros músicos são Tom Hamilton (baixo), Brad Whitford (guitarra) e Joey Kramer (bateria) ?, o quinteto ostenta mais de 150 milhões de discos vendidos e uma quantidade respeitável de hits. Em 2012 a banda americana gravou Music from Another Dimension!, o primeiro álbum de inéditas em onze anos, responsável pela The Global Warming World Tour que os traz ao Rio na sexta (18). Os fãs podem esperar uma superprodução. A despeito dos 65 anos e da vida, digamos, animada, Tyler ainda é dono de voz potente e entrega ao vivo uma performance vigorosa. O repertório promete: o desfile de sucessos previsto inclui Livin? on the Edge e Dream On, além das mais recentes Pink, Jaded e I Don? Want to Miss a Thing. A alegria da galera do hard rock se completa com a apresentação, na abertura, do Whitesnake, comandado pelo vocalista David Coverdale. 16 anos.
Praça da Apoteose (25?000 lugares). Rua Marquês de Sapucaí, s/nº, Cidade Nova. Sexta (18), 21h. R$ 240,00 (pista) a R$ 560,00 (pista premium). Ingressos, ☎ 4003-1527 (seg. a sáb., 9h/21h). Pontos de venda: livrarias Saraiva (Shopping RioSul e NorteShopping) e Posto Piraquê (Avenida Borges de Medeiros, s/nº, Lagoa, 9h/20h). https://www.livepass.com.br.
Não é à toa que o novo longa-metragem do mexicano Alfonso Cuarón anda arrancando elogios da crítica e, desde já, vem sendo apontado como um dos favoritos ao Oscar 2014. O diretor consegue algo muito difícil: realizar um filme em que os atores flutuam na maior parte de seus enxutos noventa minutos, numa trama de poucos diálogos e nada arrastada. Nela, dois astronautas tentam consertar um ônibus espacial pelo lado externo. Junto do experiente Kowalski (George Clooney), a novata Ryan Stone (Sandra Bullock) sente enjoos no ar. Um aviso da Nasa os alerta sobre os perigos dos destroços de um satélite que vêm em direção a eles. Sem possibilidade de encontrar abrigo, a dupla perde contato com a Terra. Embora a história de Gravidade pudesse ser contada de várias maneiras, sua grande virtude está em dar ao espectador a experiência de vivenciar o temor dos personagens diante da tela (de preferência, numa projeção em 3D). Trata-se de cinema em sua forma absoluta, como não se via nas produções americanas fazia muito tempo. Num mix hipnótico, a narrativa vai da contemplação, proporcionada por um belíssimo plano-sequência na abertura, à ação enérgica. 2001 ? Uma Odisseia no Espaço (1968), de Stanley Kubrick, e Guerra nas Estrelas (1977), de George Lucas, revolucionaram, cada um à sua maneira, as fitas espaciais. Talvez seja uma afirmação precipitada, mas o fenomenal trabalho de Cuarón tem qualidades à altura para também se tornar um marco histórico. Direção: Alfonso Cuarón (Gravity, EUA/Inglaterra, 2013, 90min). 12 anos. Estreou em 11/10/2013.
No salão pequeno e discreto, com portas de ferro grafitadas e luminárias coloridas, funciona o bar comandado pela chef Rebeca Lockwood, inaugurado em Copacabana há pouco mais de um mês. Como o nome sugere, a inspiração para o cardápio enxuto é a brasilidade de Tarsila do Amaral, a pintora da famosa tela Abaporu, e de seus companheiros modernistas. Ingredientes, temperos e receitas típicos dominam a seção de comes. É o caso do camarão empanado no coco, servido com queijo de coalho grelhado e melaço trufado (R$ 35,00, oito unidades), e do carpaccio de surubim ao molho de maracujá (R$ 25,00). Também são pedidas bem-vindas as vieiras grelhadas temperadas com cúrcuma (R$ 35,00). Entre os pratos costumam aparecer como sugestões pirarucu, pato no tucupi e frango ao molho pardo ? o menu varia de acordo com o frescor dos ingredientes. Para beber, há chope Therezópolis (R$ 6,50), dez rótulos de vinho e alguns drinques. Uma invenção própria, o copacabana sunrise leva vodca, suco de laranja e Campari (R$ 13,00). Também são coisas nossas as cachaças, de rótulos como Nêga Fulô e Germana (R$ 12,00 a dose).
Rua Leopoldo Miguez, 107, Copacabana, ☎ 3596-7556 (30 lugares). 12h/1h (fecha seg.). Cc: todos. Cd: todos. Aberto em 2013.
Um palco colorido, cercado por boias de piscina, é o espaço por onde se movimentam os três atores da Companhia de Teatro Portátil. A peça é um mergulho na típica curiosidade sem fim das crianças, aliado ao prazer das descobertas. Efeitos sonoros produzidos no computador por Guilherme Miranda e poemas musicados, interpretados pelo elenco, que também assume instrumentos como guitarra, bateria, violão, teclado e flauta, garantem a animação. Manipulada em cena, a boneca falante Já! provoca a plateia com questionamentos interessantes, enquanto uma professora nariguda (Flávia Reis) ensina ciências e gramática – suas aulas são filmadas por Julia Schaeffer e projetadas em um telão. Além de operar a câmera de forma brilhante, a atriz transforma objetos de plástico em coisas que jamais caberiam no teatro, a exemplo do mar, do sol e de uma árvore. Com doses certas de brincadeira, lirismo e recursos tecnológicos, o espetáculo traduz o universo infantil de modo encantador. Direção de Alexandre Boccanera (50min). Rec. a partir de 4 anos. Reestreou em 5/10/2013.
Teatro Fashion Mall ? Sala 1 (471 lugares). Estrada da Gávea, 899, São Conrado, ☎ 2422-9800. Sábado e domingo, 17h. R$ 40,00. Bilheteria: a partir das 15h (sáb. e dom.). Até 24 de novembro.