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Cinco programas imperdíveis para o fim de semana

Confira a seleção especial de VEJA RIO para deixar seu fim de semana ainda mais animado

Por Da Redação
Atualizado em 2 jun 2017, 13h00 - Publicado em 18 set 2014, 16h15
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  • Atração parisiense quase tão famosa quanto a Torre Eiffel ou o Arco do Triunfo, o cemitério de Père-Lachaise guarda os restos mortais de algumas das maiores celebridades da história. Por lá, um dos túmulos mais procurados é o do dramaturgo irlandês Oscar Wilde (1854-1900). Em torno de sua sepultura criou-se a inusitada tradição: grande parte dos seus visitantes beija a lápide com a boca lambuzada de batom vermelho. Ao longo dos anos, a prática deteriorou tanto a pedra que, em 2011, foi instalada uma barreira de vidro para preservar o mausoléu. A partir desse episódio real, o autor Jô Bilac urdiu o drama Beije Minha Lápide. Na história, o escritor Bala (Marco Nanini) tem adoração pela obra de Wilde, idolatria tal que resvala em mimetização: assim como seu ídolo, o sujeito é brilhante, sarcástico e orgulhosamente homossexual. Já na primeira cena, ele se encontra preso por ter quebrado a proteção que envolvia a sepultura de seu herói. Sugestivamente, sua cela é também inteiramente envidraçada: um cubo sobre o qual incidem luzes e projeções, dominante na belíssima cenografia de Daniela Thomas. Três personagens gravitam ao redor dessa improvável figura. Tommy (Paulo Verlings) é um carcereiro com pendores medíocres para a escrita, Roberta (Carolina Pismel), advogada incumbida de defender Bala, parece ter alguma dificuldade de ser levada a sério profissionalmente e Ingrid (Júlia Marini), filha do prisioneiro e guia turística do Père-Lachaise, cultiva alguma indefinição quanto aos rumos de sua vida e ainda nutre uma paixão não correspondida pela defensora do pai. Assim, o confinamento de Bala se revela apenas a face mais visível das situações de impedimento e proibição que perpassam a vida de todos, mas, na trama, apenas o único fisicamente encarcerado parece conseguir se projetar para além de suas barreiras. Pontuado por citações de Wilde, o texto reafirma a qualidade da carpintaria dramática de Bilac, da qual a diretora Bel Garcia extrai o melhor proveito. Integrantes da Cia. Teatro Independente, Verlings, Carolina e Júlia demonstram entrosamento e conferem verdade a papéis que poderiam se diluir como meros coadjuvantes, ainda mais diante da força do protagonista. É até redundante dizer, mas Nanini, em atuação exuberante (atenção para o monólogo final), confirma novamente ser um dos maiores intérpretes do país (80min). 16 anos. Estreou em 29/8/2014.

    Centro Cultural Correios (200 lugares). Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro, ☎ 2219-5165. Sexta a domingo, 19h. R$ 20,00. Bilheteria: a partir das 15h(sex. a dom.). Até 5 de outubro.

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    Um paradoxo irresistível domina a individual Histórias Naturais. Nas doze obras em exposição, a fotografia, como registro da realidade, ancora todo o trabalho, mas, ao mesmo tempo, revela-se apenas uma ferramenta no processo de subversão da prática documental. Realizadas desde 2012 e inspiradas na pintura flamenga e renascentista, as obras apresentam mundos imaginários, por vezes oníricos, mas nunca inteiramente descolados do real – reside aí sua convidativa estranheza. O método de Tinoco consiste, primeiramente, em fotografar paisagens naturais, ambientes urbanos, animais e pessoas. Esses retratos são arquivados e, por fim, partes deles são combinadas digitalmente para a construção de uma nova imagem. Em cada criação, o fotógrafo paulistano utiliza cerca de 250 cliques e despende cerca de três semanas de trabalho. A técnica não é exatamente uma novidade, mas o resultado aqui é um deleite. Algumas das peças em exibição sugerem uma viagem no tempo. É o caso de Orgânica, cena rural com um toque familiar. As mais interessantes, porém, são aquelas em que o artista radicaliza o processo e cria cenas absolutamente improváveis, como a de High Line 2, harmoniosa fusão do conhecido parque suspenso nova-iorquino com a savana africana, na qual crianças passeiam ao lado de animais selvagens.

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    Caixa Cultural – Galeria 1. Avenida Almirante Barroso, 25, Centro, ☎ 3980-3815, Carioca. Terça a domingo, 10h às 21h. Grátis. Até 19 de outubro.

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    O livro A Fantástica Fábrica de Chocolate foi escrito pelo galês Roald Dahl em 1964. As linhas se tornaram imagens em dois filmes, um de 1971, e o mais recente, em 2005, pelas mãos de Tim Burton com Johnny Depp no papel principal. Agora, a obra também serve de inspiração para a celebração dos quatro anos da festa #Esbórnia. A edição especial, que acontece neste sábado (20), a partir das 23h, será realizada na estação de trem desativada da Leopoldina. Lá, toda a atmosfera doce e colorida da fábrica será reproduzida. Espere, portanto, cupcakes gigantes, pirulitos coloridos, muitos doces e, inclusive, um bolo gigante para os parabéns do evento batizado sugestivamente de The Esbórnia Candy Factory.

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    “Quando começamos a pensar em como seria essa edição deixamos nossa mente viajar ao mais longe possível. Se é aniversario, então tem que ter bolo, mesa de doces, pirulito, bala e tudo mais que permeia esse universo. Ou seja, nada mais lógico do que transformar nosso evento em uma festa de aniversário de verdade. Com isso definido, fomos buscar como poderíamos colocar esse tema de forma gigante, e foi nesse momento que resolvemos transformar nosso evento em uma verdadeira fábrica de doce”, afirmou Felipe Ramalho, criador e produtor da festa ao lado de Eduardo Brasil.

    Além dos doces, a festa terá open bar liberado a noite inteira. O lineup conta com os DJs Cadinho Ausländer, Tucho, Saddan, Renato e Rama!, que vão tocar os mais variados e ecléticos estilos, característica marcante do evento. É pegar o copo, o doce e brindar o aniversário!

    Estação Leopoldina – Barão de Mauá. Avenida Francisco Bicalho, s/nº. Sábado (20), 23h. R$ 260,00 (mulheres, 2º lote) e R$ 340,00 (homens, 2º lote). https://www.ingressocerto.com. https://www.woowzone.com.br

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    Espetáculos da Bélgica, da Espanha, da França e da Itália juntam-se a produções brasileiras em programação para variados gostos e idades. Essa é a receita do Festival Internacional Intercâmbio de Linguagens, que, na 12ª edição, leva 26 montagens a dez palcos da cidade. A lista traz ousadas encenações para adultos (leia na pág. 74), e muitos programas para toda a família. Nessa linha mais amena, mas igualmente instigante, Karen Acioly, fundadora e curadora do Festival, aponta algumas sessões imperdíveis. Uma delas é a de 100% Borbulhas, que os espanhóis David Vega e Juanfran Dorado apresentam no Teatro Municipal do Jockey, no sábado (20), às 16h30, e no domingo (21), às 17h. Pedida nacional, o grupo musical Cria mostra o repertório do ótimo disco A Família, no Teatro Café Pequeno, no sábado (20) e no domingo (21), às 19 horas. Saiba mais em fil.art.br.

    Centro de Referência Cultura Infância – Teatro do Jockey (150 lugares). Avenida Bartolomeu Mitre, 1110, Gávea, ☎ 3114-1286. Teatro Café Pequeno (100 lugares). Avenida Ataulfo de Paiva, 269, Leblon, ☎ 2294-4480. R$ 24,00.

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    Carioca, 34 anos, ele é dono de carreira musical consistente. Está entre os fundadores do Bangalafumenga, bloco importante para a renovação do Carnaval de rua, que, hoje acometido de gigantismo, trocou o desfile no Jardim Botânico pela imensidão do Aterro. Também já ganhou um Grammy, em 2006, por Caminho das Águas, gravada por Maria Rita – dele, Roberta Sá registrou Samba de um Minuto, Todo Dia e Recado. Sem muito alarde, o compositor, cantor e instrumentista (toca violão e cavaquinho) Rodrigo Maranhão ainda cuida da trajetória-solo, registrada em discos de produção cuidadosa e repertório delicado. Depois de Bordado (2007) e Passageiro (2010), chegou a vez de Itinerário, álbum recém-lançado que inspira a apresentação na Miranda, no sábado (20). Marcelo Caldi (sanfona e piano), Nando Duarte (violão de sete cordas) e Pretinho da Serrinha (percussão), que o acompanharam no estúdio, sobem com ele ao palco. As onze novas faixas embolam gêneros com naturalidade. Em Fuzuê, por exemplo, o xote pontuado pela sanfona encontra o samba na marcação das palmas e do pandeiro. Já o romantismo transborda em Maria da Graça. O Velho Francisco, de Chico Buarque, completa o repertório. 18 anos.

    Miranda (225 lugares). Avenida Borges de Medeiros, 1424 (2º piso), Lagoa, ☎ 2239-0305. Sábado (20), 21h. R$ 40,00 a R$ 80,00. Bilheteria: 12h/19h (ter. e qua.); 12h/23h (qui. e sex.); a partir das 12h (sáb.). IC. https://www.mirandabrasil.com.br.

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