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Cinema

PRÉ-ESTREIA O ESPIÃO QUE SABIA DEMAIS, de Tomas Alfredson (Tinker Tailor Soldier Spy, França/Inglaterra/Alemanha, 2011). O diretor sueco de Deixa Ela Entrar comanda uma adaptação do best-seller de John le Carré. Na trama, ambientada logo após o período da Guerra Fria, um veterano membro do serviço secreto inglês (papel de Gary Oldman) tem uma delicada […]

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 15h48 - Publicado em 6 jan 2012, 21h47
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  • PRÉ-ESTREIA

    O ESPIÃO QUE SABIA DEMAIS, de Tomas Alfredson (Tinker Tailor Soldier Spy, França/Inglaterra/Alemanha, 2011). O diretor sueco de Deixa Ela Entrar comanda uma adaptação do best-seller de John le Carré. Na trama, ambientada logo após o período da Guerra Fria, um veterano membro do serviço secreto inglês (papel de Gary Oldman) tem uma delicada missão em mãos: descobrir quem é o agente que trabalhou durante anos como espião para os soviéticos. Com Colin Firth (127min). Cinemark Downtown 4, Cinépolis Lagoon 1, Estação Sesc Botafogo 1.

    ESTREIAS

    ✪ ALVIN E OS ESQUILOS 3, de Mike Mit­chell (Alvin and the Chipmunks: Chip-Wrecked, EUA, 2011). Ainda menos inspirada do que os dois episódios anteriores, a comédia infantil mira só na criançada e traz mais do mesmo na história dos esquilos falantes. Parece que os produtores querem apenas aprimorar a técnica de animação dos bichinhos e, por isso, roteiro e direção de atores são apenas um apêndice da atração. Desta vez, os pequenos roedores Alvin, Theodore e Simon, mais as três esquiletes do filme anterior, tiram férias com seu protetor (papel de Jason Lee, de volta à cinessérie depois de se ausentar no longa-metragem anterior). A bordo de um luxuoso navio, Alvin acaba aprontando mais uma travessura e, levado pelo vento, o sexteto de roedores vai parar numa ilha. Lá eles tentam sobreviver quando encontram uma exploradora (Jenny Slate), perdida no local há quase dez anos. Sem muito ânimo nem ação, a previsível aventurazinha deles só ganha alguma graça quando, mais uma vez, surgem covers de músicas de sucesso. Se antes era o hit Single Ladies, de Beyoncé, agora os esquilos atacam de Lady Gaga e Bad Romance ? pena que a cena seja bem curtinha (87min). Livre. Dublado: Bay Market 1, Box Cinemas São Gonçalo 7 e 8, Cine 10 Sulacap 4, Cinemark Botafogo 4 e 5, Cinemark Carioca Shopping 4 e 5, Cinemark Downtown 5, 7, 8 e 12, Cinemark Plaza Shopping 3 e 7, Cinépolis Lagoon 1, Cinespaço Boulevard 1, Cinesystem Bangu 3, Cinesystem Ilha Plaza 1, Cinesystem Recreio 2, Cinesystem Via Brasil 3, Estação Vivo Gávea 3, Iguaçu Top 2, Iguatemi 4 e 5, Kinoplex Fashion Mall 1, Kinoplex Grande Rio 1 e 6, Kinoplex Nova América 1 e 6, Kinoplex West Shopping 1, Kinoplex Tijuca 6, Leblon 1, Rio Sul 4, São Luiz 2, UCI New York City Center 3, UCI New York City Center 8, 11 e 18, UCI Kinoplex NorteShopping 6 e 10, Via Parque 2.

    ✪ AS AVENTURAS DE AGAMENON, O REPÓRTER, de Victor Lopes (Brasil, 2012). O trailer já dava uma ideia da ruindade da comédia, nascida de um projeto de Hubert e Marcelo Madureira, do Casseta & Planeta. Ambos criaram o repórter fictício Agamenon Mendes Pedreira, que assina há mais de vinte anos uma coluna no jornal O Globo. Agora, para o longa-metragem, eles deram corpo ao personagem e fizeram uma trama chinfrim para contextualizá-lo. O resultado: um roteiro entupido de palavras e frases de duplo sentido (e gosto duvidoso), atuações caricatas e uma direção medonha cujo maior problema está na falta de ritmo e graça. Acompanha os créditos finais a canção que diz ?sorria, meu bem, sorria?, mas, diante de pouco mais de uma hora de fita, será um pedido quase impossível. O prestígio da dupla de humoristas, no entanto, é imenso. Além do farto marketing da Rede Globo, celebridades como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os escritores Nelson Motta, Ruy Castro e Paulo Coelho, o apresentador Jô Soares e o compositor Caetano Veloso aparecem para dar seu testemunho sobre Agamenon. Fernanda Montenegro narra a história. Nela, relembra-se como Agamenon virou um repórter de sucesso, apesar de sua má fama e do temperamento rebelde. Vivido na fase jovem por Marcelo Adnet e mais maduro por Hubert, o protagonista conseguiu se salvar do naufrágio do Titanic, entrevistou personalidades do porte de Gandhi e Albert Einstein e esteve presente em emblemáticos casos internacionais, como o assassinato de John Kennedy ? grande parte dessas sequências é fruto de uma montagem com imagens reais em efeito especial copiado toscamente de Zelig (1983) e Forrest Gump (1994). Em meio a piadas infames e surradas, há poucos momentos inspirados. Entre eles, a divertida entrevista com Osama bin Laden. Com Luana Piovani (74min). 14 anos. Estreou em 6/1/2012. Bay Market 4, Box Cinemas São Gonçalo 6, Cine Bauhaus 2, Cine 10 Sulacap 2, Cinemark Botafogo 2, Cinemark Carioca Shopping 8, Cinemark Downtown 1 e 11, Cinemark Plaza Shopping 1, Cinépolis Lagoon 2, Cinespaço Boulevard 2, Cinesystem Bangu 6, Cinesystem Ilha Plaza 3, Cinesystem Recreio 1, Cinesystem Via Brasil 2, Espaço Rio Design Barra 2, Estação Vivo Gávea 1, Iguatemi 6, Kinoplex Fashion Mall 3, Kinoplex Grande Rio 4, Kinoplex Leblon 3, Kinoplex Nova América 3, Kinoplex Tijuca 5, Kinoplex West Shopping 3, Odeon Petrobras, Rio Sul 3, Roxy 2, São Luiz 1, UCI New York City Center 13, UCI Kinoplex NorteShopping 4, Unibanco Arteplex 3, Via Parque 3.

    ✪✪✪ CAVALO DE GUERRA, de Steven Spielberg (War Horse, EUA, 2011). Embora tenha produzido uma leva de filmes nos últimos anos, Spielberg não assinava a direção de um longa-metragem desde Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, de 2008. Além deste drama de guerra, o cineasta volta às telas com a animação As Aventuras de Tintim, que estreia no dia 20. São dois trabalhos totalmente distintos. Aqui, o realizador adapta livro homônimo do inglês Michael Morpurgo, lançado pela editora Martins Fontes. Em impecável recriação de época, leva a plateia para a Inglaterra de 1914, onde um casal de fazendeiros (papéis de Peter Mullan e Emily Watson) está atolado em dívidas e prestes a perder a propriedade. Ao arrematar Joey, um caro puro-sangue num leilão, o teimoso Ted Narracott pensa ter salvo a lavoura, literalmente. Porém, o cavalo, xodó de seu único filho, Albert (o estreante Jeremy Irvine), demora a engrenar no arado. Quando tudo parece entrar nos eixos, eclode a I Guerra. O animal é comprado por um tenente para servir nas frentes de batalha, deixando Albert desconsolado. Algum tempo depois, o rapaz se junta à cavalaria britânica com o propósito de reencontrar Joey. Embora tenha duração excessiva e algumas passagens arrastadas (sobretudo o período em que o cavalo encontra abrigo na fazenda de um senhor e sua neta), a fita traz a marca de seu criador: previsível e capaz de emocionar na hora certa. No Globo de Ouro, concorre a melhor filme/drama e trilha sonora (146min). 12 anos. Estreou em 6/1/2012. Cine 10 Sulacap 3, Cinemark Botafogo 3, Cinemark Carioca Shopping 2, Cinemark Downtown 6, Cinépolis Lagoon 4, Cinespaço Boulevard 5, Cinesystem Via Brasil 6, Kinoplex Fashion Mall 4, Kinoplex Tijuca 2, Leblon 2, UCI New York City Center 5, UCI Kinoplex NorteShopping 2, Unibanco Arteplex 6, Via Parque 6.

    EM CARTAZ

    ✪✪✪ ALÉM DA ESTRADA, de Charly Braun (Por el Camino, Brasil/Uruguai, 2010). Produzido pela atriz Guilhermina Guinle, meia-irmã do diretor estreante, o longa-metragem faz uma interessante mescla de ficção e realidade no ritmo de um road movie dramático. Na trama, o argentino Santiago (Esteban Feune de Colombi) chega a Montevidéu para resolver pendências da herança de seus pais, mortos num acidente. A caminho de Punta del Este, dá carona à belga Juliette (Jill Mulleady), uma moça à procura de um amigo numa comunidade neo-hippie. A aproximação dos dois torna-se um mero pretexto para o realizador se aprofundar no interior do Uruguai, um país de belas paisagens, captadas com olhar sensível. Guilhermina e Naomi Campbell fazem participações amigáveis (85min). 16 anos. Estreou em 9/9/2011. Cinemark Carioca Shopping 2.

    ✪✪✪ AMANHECER – PARTE 1, de Bill Condon (Breaking Dawn ? Part 1, EUA, 2011). No penúltimo capítulo da cinessérie, extraída dos best-sellers de Stephenie Meyer, o diretor Bill Condon (de Deuses e Monstros e Kinsey), pela primeira vez no posto, finalmente acertou a mão. Saíram de cena a cafonice, os efeitos visuais exagerados, as maquiagens de gosto duvidoso e as subtramas que, em geral, só enchiam linguiça. Este quarto episódio, que obteve a maior bilheteria no Brasil em 2011, com quase 7 milhões de espectadores, está quase todo focado no desenlace do romance entre o vampiro Edward Cullen (Robert Pattinson) e a jovem de 18 anos Bella (Kristen Stewart, ainda com carinha de enjoo). Depois de uma bela cerimônia de casamento, eles vão passar a lua de mel no Rio de Janeiro. Numa ilha do litoral fluminense, têm a primeira noite de amor e, poucos dias depois, Bella engravida. Mas será que a humana vai suportar gerar um bebê vampiro? Se a primeira parte libera um romantismo de folhetim, o restante se fixa na tensão e em bons momentos de horror. Desse jeito, parece que a série cresceu, apareceu e deixou um sabor de quero mais ? a segunda parte deve estrear só em novembro de 2012. Às fãs de Taylor Lautner: o ator que interpreta o lobisomem Jacob tem participação um pouco menor, porém significativa (117min). 14 anos. Estreou em 18/11/2011. Dublado: Cinemark Carioca Shopping 7, Cinesystem Bangu 4, UCI New York City Center 7, UCI Kinoplex NorteShopping 8. Legendado: Cine Bauhaus 1, UCI New York City Center 7.

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    ✪✪✪ AMOR A TODA PROVA, de Glenn Ficarra e John Requa (Crazy, Stupid, Love, EUA, 2011). Os diretores deram um molho bastante picante à comédia gay romântica O Golpista do Ano. Embora com alguns clichês, o roteiro do novo filme da dupla é redondo, tem surpresas e bons diálogos. Na trama, Cal (Steve Carell) e Emily (Julianne Moore) são casados há 25 anos, mas o passar das décadas só os deixou apáticos. Quando ela pede o divórcio, o caretinha Cal cai em depressão e passa a beber diariamente no mesmo bar. Lá, faz amizade com o playboy sarado Jacob (Ryan Gosling), que decide ajudar o novo amigo a conquistar a mulherada. Mas, enquanto Cal vira um garanhão, Jacob rende-se ao namoro com a fofa Hannah (Emma Stone). Com Kevin Bacon (118min). 12 anos. Estreou em 26/8/2011. Estação Sesc Botafogo 1.

    ✪✪✪ A ÁRVORE DO AMOR, de Zhang Yimou (Shan zha Shu Zhi Lian, China, 2010). O diretor chinês demonstra uma invejável capacidade de se reciclar. Depois dos robustos épicos de artes marciais Herói, O Clã das Adagas Voadoras e A Maldição da Flor Dourada, ele retoma as raízes focando na paixão de dois jovens durante a Revolução Cultural na China de Mao Tsé-tung. Em meados dos anos 60, a estudante Jing (Zhou Dongyu) chega a um vilarejo no campo para uma ?reeducação?. A garota torna-se a esperança da família ? seu pai está numa cadeia para presos políticos e a mãe sustenta a casa e outros dois filhos pequenos. Entre as duras lições a aprender, Jing encontra tempo para viver o primeiro amor. Sun (Shawn Dou) respeita cada limite da amada e, não raro, lhe dá presentes. Em impecável ambientação histórica, Yimou faz do melodrama a principal arma para criar uma metáfora da tristeza daquele pesado per Beyoncé e seu íodo (115min). 10 anos. Estreou em 4/11/2011. Estação Sesc Botafogo 2.

    ✪✪✪ AS CANÇÕES, de Eduardo Coutinho (Brasil, 2011). Documentário. O mais importante e influente documentarista brasileiro recorre a um tema simples em seu novo trabalho. Coutinho, de 78 anos, colhe depoimentos profundos e tocantes e usa o mesmo formato cênico do formidável Jogo de Cena (2007). Apenas uma poltrona sobre um palco serve de apoio para anônimos abrirem o coração e revelarem qual é a música marcante de sua vida. Em dois meses de pesquisa nas ruas do Rio de Janeiro, 42 pessoas falaram para a câmera (só dezoito permaneceram após a montagem final). Em geral, as canções mencionadas abordam perdas e separações ? não à toa, Roberto Carlos lidera a preferência com Olha e Não Se Esqueça de Mim. Mas as entrevistas vão além da tristeza e da melancolia (90min). Livre. Estreou em 9/12/2011. Estação Vivo Gávea 1, Unibanco Arteplex 5.

    ✪✪✪ A CHAVE DE SARAH, de Gilles Paquet-Brenner (Elle s?Appelait Sarah, França, 2010). Drama. Em 1942, uma família de judeus é levada para um campo de deportados. No momento da chegada dos oficiais, a menina Sarah (papel da ótima Mélusine Mayance) tranca o irmão caçula num armário e acompanha os pais. Arrasada pela separação e por pensar ter causado uma tragédia, Sarah tenta escapar dos nazistas. Nos tempos atuais, a jornalista americana Julia Jarmond (Kristin Scott Thomas), que vive em Paris, escreve um artigo sobre a deportação dos judeus da França na II Guerra. Em suas investigações, descobre que no apartamento onde morou o pai de seu marido quando criança habitou a família de Sarah. Em constante clima de aflição, a trama acompanha os desenlaces de uma história triste e surpreendente (111min). 10 anos. Estreou em 18/11/2011. Estação Sesc Botafogo 3, Estação Sesc Laura Alvim 2.

    ✪✪✪ COMPRAMOS UM ZOOLÓGICO, de Cameron Crowe (We Bought a Zoo, EUA, 2011). Cameron Crowe já foi um diretor mais pop em títulos como Vida de Solteiro (1992) e Quase Famosos (2000). Seis anos depois de Tudo Acontece em Elizabethtown, retorna com uma adocicada comédia dramática inspirada em fatos reais. Na trama, Matt Damon interpreta o viúvo Benjamin, que, ainda abalado pela morte da mulher, se muda com os dois filhos ? uma fofa menina e um adolescente rebelde ? para o interior da Califórnia. Acontece que na propriedade existe um zoológico fechado e parcialmente mantido pelo governo. A solução: arregaçar as mangas e contar com a ajuda dos funcionários para reabrir o estabelecimento. Sem tino nem experiência no assunto, o protagonista vai atravessar uma fase ainda mais difícil. Na linha do lema ?a união faz a força?, o roteiro tem o mérito de evitar um romance forçado entre os personagens de Damon e Scarlett Johansson, na pele de uma tratadora de animais. Eficiente em sua proposta e conservador no formato, o filme possui graça, encanto e pequenos dramas para conquistar plateias de várias idades. Com Elle Fanning (124min). Livre. Estreou em 23/12/2011. Dublado: Box Cinemas São Gonçalo 4, Cine 10 Sulacap 4, Cinespaço Boulevard 1, Cinemark Carioca Shopping 7, Cinemark Downtown 9, Cinemark Plaza Shopping 6, Cinépolis Lagoon 3, Cinesystem Bangu 4, Cinesystem Ilha Plaza 2, Cinesystem Recreio 5, Cinesystem Via Brasil 6, Estação Vivo Gávea 4, Iguatemi 7, Kinoplex Grande Rio 1, Kinoplex Leblon 2, Kinoplex Nova América 2, Kinoplex Tijuca 4, Rio Sul 2, UCI New York City Center 16, UCI Kinoplex NorteShopping 9. Via Parque 4. Legendado: Cinemark Botafogo 1, Cinemark Downtown 9.

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    ✪✪✪✪ UM CONTO CHINÊS, de Sebas­tián Borensztein (Un Cuento Chino, Argentina/Espanha, 2011). Comédia dramática. Praticamente com apenas dois atores, o diretor argentino Sebastián Borensztein fez um pequeno grande filme. Um ótimo roteiro, também de sua autoria, mistura drama e humor na trajetória de Roberto, interpretado pelo excelente Ricardo Darín, de O Filho da Noiva e Abutres. Esse tipo de poucas palavras e raros amigos é dono de uma loja de ferragens em Buenos Aires. Nunca se casou, não tem filhos e cultua a falecida mãe. Em seu trabalho, revela-se metódico e sem muita paciência com os fregueses, digamos, mais exigentes. Seu cotidiano, contudo, vira de pernas para o ar quando ele decide ajudar um imigrante chinês a reencontrar o tio pela cidade. Sem falar uma única palavra em espanhol e sem saber o paradeiro do parente, Jun (Ignacio Huang) mostra-se amigável e prestativo. O cineasta não apela para o sentimentalismo. Prefere comover a plateia na base da diversão e da delicadeza (93min). 14 anos. Estreou em 2/9/2011. Espaço Museu da República, Estação Sesc Botafogo 3, Estação Sesc Laura Alvim 2.

    ✪✪✪ UMA DOCE MENTIRA, de Pierre Salvadori (De Vrais Mensonges, França, 2010). Ambientada na charmosa cidade de Sète, no sul da França, a comédia flagra as confusões arquitetadas por uma cabeleireira. Sócia de um salão de beleza, Émilie (Audrey Tautou) só consegue voltar seus olhos negros para o trabalho e nem repara em Jean (Sami Bouajila), um funcionário apaixonado por ela. Por trás da timidez e da simplicidade, o discreto rapaz possui formação superior, é poliglota e escreve poemas. Confiante no seu taco, ele manda uma carta de amor anônima à patroa. Além de ignorá-la, Émilie aproveita o romântico conteúdo para enviar uma mensagem, igualmente sem assinatura, a sua mãe, Maddy (Nathalie Baye). Essa sessentona anda na fossa quatro anos depois de ter sido abandonada pelo marido. Após ler a declaração do suposto admirador secreto, Maddy remoça e tenta a qualquer custo descobrir a identidade dele (105min). 10 anos. Estreou em 9/9/2011. Cinemark Plaza Shopping 5.

    ✪✪ ESSES AMORES, de Claude Lelouch (Ces Amours-là, França, 2010). Em seu novo drama, o experiente diretor de Um Homem, Uma Mulher (1966) pretende fazer uma homenagem ao cinema relembrando algumas passagens de sua trajetória. Embora tão ambiciosa quanto Retratos da Vida (1981), talvez seu filme mais famoso no Brasil, a fita tem cara de minissérie condensada. A história começa no início do século XX e centra-se na II Guerra e em alguns anos adiante. Durante a ocupação nazista na França, Ilva (Audrey Dana) pede a um oficial alemão que livre seu pai (Dominique Pinon), projecionista de um cinema, do fuzilamento. Pedido aceito, ela se torna amante dele. Tempos depois, fica dividida entre dois soldados americanos: um negro pobre e um branco rico (120min). 12 anos. Estreou em 26/8/2011. Cinemark Downtown 2, Estação Sesc Botafogo 3.

    ✪ FAÇA-ME FELIZ!, de Emmanuel Moret (Fais-moi Plaisir, França, 2009). Exibida na Mostra Internacional de 2009, chega com atraso ao circuito essa desanimadora comédia francesa. O mote é machista. Para reacender a chama do casamento, Ariane (Frédérique Bel) decide que seu marido, o panaca e feioso Jean-Jacques (Emmanuel Mouret), deve ter uma amante. Sem que ele saiba, a escolhida é filha do presidente da França. Além de um ponto de partida nada convincente, o roteiro apela para situações de humor pastelão para extrair risos à força (90min). 12 anos. Estreou em 6/1/2012. Estação Sesc Laura Alvim 3, Estação Sesc Rio 3, Estação Vivo Gávea 2.

    ✪ A FERA, de Daniel Barnz (The Beast, EUA, 2011). Coitado do conto A Bela e a Fera, no qual, dizem, o drama romântico de fantasia foi livremente inspirado. Além de um casal de protagonistas sem graça (ainda mais insosso do que Robert Pattinson e Kristen Stewart, da cinessérie Crepúsculo), a história é muito previsível e coleciona clichês. A trama narra as desventuras de Kyle (Alex Pettyfer, o loirão atlético de Eu Sou o Número Quatro). Bonito, arrogante e filho de um rico apresentador de TV, o rapaz tornou-se um ídolo na escola. Em seu discurso habitual, a beleza está em primeiro plano. Tudo muda quando, ao humilhar uma colega tatuada (papel de Mary-Kate Olsen), recebe dela um feitiço. Sua aparência, então, se transforma e beira o excêntrico (e não o repugnante, o que seria mais provável). Careca e com o corpo e o rosto realçados por veias e marcas, Kyle terá um ano para conquistar o amor verdadeiro de uma mulher para voltar a ser o bonitão de antes. A escolhida é Lindy (Vanessa Hudgens, de High School Musical), moça romântica, tímida, humilde e filha de um drogado (86min). 12 anos. Estreou em 23/12/2011. UCI New York City Center 6, UCI Kinoplex NorteShopping 8.

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    ✪✪✪ O GAROTO DA BICICLETA, de Jean-­Pierre e Luc Dardenne (Le Gamin au Vélo, Bélgica/França/Itália, 2011). Vencedor do Grande Prêmio do Júri no último Festival de Cannes, o drama, que está no páreo de melhor filme estrangeiro no Globo de Ouro, mostra-se mais um acerto na carreira dos irmãos cineastas belgas de O Filho (2002) e A Criança (2005). O enredo, comum na carreira da dupla, é triste. Cyrill (Thomas Doret, uma excelente revelação), de 12 anos, foi abandonado pelo pai (Jérémie Renier) e encontrou na cabeleireira Samantha (Cécile De France) uma zelosa guardiã. Mas, ainda inconformado, o rebelde garoto começa uma amizade com um rapaz envolvido com o tráfico de drogas. Os realizadores deixam de lado o sentimentalismo barato e investem num realismo quase documental capaz de emocionar pela sinceridade dos personagens e de quem os interpreta (87min). 14 anos. Estreou em 18/11/2011. Cine Joia, Estação Sesc Barra Point 2, Unibanco Arteplex 2.

    ✪✪✪ GATO DE BOTAS, de Chris Miller (Puss in Boots, EUA, 2011). Diretor de Shrek Terceiro, o mais fraco dos episódios da cinessérie, Chris Miller manda bem melhor na primeira animação estrelada pelo Gato de Botas ? o personagem surgiu no segundo longa-metragem do ogro verde. Cheio de charme e malícia, o protagonista (dublado por Antonio Banderas na versão em inglês) tem o auxílio de novos companheiros para amparar sua história. Assim como em Shrek, há uma saborosa mistura de contos de fada, que inclui o ovo falante Humpty Dumpty, extraído da obra de Lewis Carroll, e a fábula João e o Pé de Feijão. Na trama, Gato de Botas foi expulso do vilarejo San Ricardo depois de se envolver em roubos. Quem o colocou nessa jogada foi Humpty Dumpty, seu coleguinha desde os tempos de orfanato. Agora, ambos se unem para uma nova empreitada: furtar os feijões mágicos de um casal para chegar até uma gansa que bota ovos de ouro. A sensual gatinha Kitty Pata Leve se junta à dupla. Técnica impecável, humor espirituoso e ligeireza na ação completam o programa para adultos e crianças. Não à toa, a fita ganhou uma indicação ao Globo de Ouro de melhor animação (90min). Livre. Estreou em 9/12/2011. Dublado: Bay Market 2, Box Cinemas São Gonçalo 5, Cine 10 Sulacap 1 e 6, Cinemark Botafogo 1, Cinemark Carioca Shopping 7, Cinesystem Bangu 5, Cinesystem Ilha Plaza 2, Cinesystem Recreio 3, Iguaçu Top 3, Iguatemi 3, Rio Sul 1, Kinoplex Leblon 1, Kinoplex West Shopping 2, UCI New York City Center 6, UCI New York City Center 15, UCI Kinoplex NorteShopping 9, Via Parque 4. Dublado, 3D: Cinemark Downtown 4, Cinemark Plaza Shopping 2, Cinépolis Lagoon 5, Cinespaço Boulevard 3, Cinesystem Bangu 1 e 2, Cinesystem Ilha Plaza 4, Cinesystem Via Brasil 4, Kinoplex Grande Rio 5, Kinoplex Nova América 7, Kinoplex Tijuca 4, São Luiz 4, UCI New York City Center 14, UCI Kinoplex NorteShopping 3. Legendado, 3D: Espaço Rio Design Barra 1.

    ✪✪✪ HAPPY FEET 2 – O PINGUIM, de George Miller (Happy Feet Two, Austrália, 2011). O mesmo diretor da fabulosa animação de 2006 dá sequência aos personagens em resultado técnico primoroso. Também corroteirista, o australiano Miller fez uma pequena troca no time de escritores, e talvez por isso a história não cative tanto quanto antes. Embora ágil e graciosa, a trama perdeu o fator surpresa do original e virou uma aventura na linha de A Era do Gelo ? há até uma tentativa de ?copiar? o esquilo Scrat e seus azares, aqui vividos por dois krills, minúsculos crustáceos. As cantorias (infelizes na dublagem em português) e, sobretudo, os números de sapatea­do são quase pano de fundo. O enredo cobre uma nova fase no reino dos pinguins-imperadores. Protagonista do desenho anterior, Mano cresceu e virou pai do pequeno Erik, que também tem traumas por não saber dançar e cantar. Após conhecer o exótico pinguim voador Sven, o garoto passa a acreditar em suas próprias capacidades. O mote, porém, é outro e fica restrito a um desastre natural provocado pelo aquecimento global. Depois do deslocamento de um iceberg, a comunidade de pinguins ficou isolada por montanhas de gelo e impedida de chegar ao mar. Resta a Mano, Erik e dois sobrinhos achar uma solução para libertá-los (100min). Livre. Estreou em 25/11/2011. Dublado: UCI New York City Center 2.

    ✪✪ HUBBLE 3D, de Toni Myers (Canadá, 2010). O documentário curtinho foi feito para ser exibido na formidável sala Imax e, por isso, traz aqueles efeitos de três dimensões de deixar o público boquiaberto. Em foco está a missão de sete astronautas que, em 2009, foram enviados ao espaço pela Nasa para consertar o telescópio Hubble. Se as imagens em 3D absolutamente fantásticas de galáxias ganham o fascínio do espectador, o trabalho da equipe torna a fita (sobretudo para a criançada) bem menos interessante (44min). Livre. Estreou em 26/8/2011. UCI New York City Center 4.

    ✪ IMORTAIS, de Tarsem Singh Dhandwar (Immortals, EUA, 2011). Não se deixe levar pelo trailer, que reúne as melhores e mais impactantes cenas. Por se tratar de uma aventura épica, nos moldes visuais e dos mesmos produtores de 300, esperava-se algo semelhante. Mas a mão pesada e o gosto duvidoso do diretor do horrendo A Cela (2000) comprometem o andamento do longa-metragem, ainda pior do que seu ?primo? mais próximo, Fúria de Titãs. A trama se passa em 1226 a.C. e envereda pela Grécia antiga a fim de retratar um pouco da mitologia. Para expandir seu império, o rei Hipérion (Mickey Rourke) dizima a aldeia onde mora o camponês Teseu (o bonitão Henry Cavill, o novo Superman) e mata a mãe dele. O rapaz, então, prepara um contra-ataque e tem uma ajudinha dos deuses, sobretudo de Zeus (Luke Evans), para combater o tirano. Se como ?lição de história? a fita se mostra confusa e anêmica, a direção de arte cafonérrima e as atua­ções canastronas exibem os defeitos mais gritantes. A ação é rala e os enquadramentos fechados também evidenciam a falta de criatividade do realizador. Com John Hurt, Freida Pinto e Stephen Dorff (110min). 16 anos. Dublado: Box Cinemas São Gonçalo 3, Cinesystem Bangu 4, Cinemark Carioca Shopping 1 e 6, Iguatemi 7, Kinoplex Nova América 2, UCI Kinoplex NorteShopping 5. Legendado: Cinemark Downtown 9, Cinemark Plaza Shopping 6, Cinesystem Recreio 4, São Luiz 3, UCI New York City Center 17. Dublado, 3D: Bay Market 3, Box Cinemas São Gonçalo 1, Cine 10 Sulacap 1, Cinemark Plaza Shopping 4, Cinespaço Boulevard 3, Cinesystem Bangu 2, Cinesystem Ilha Plaza 4, Cinesystem Via Brasil 5, Iguaçu Top 1, Iguatemi 1, Kinoplex Grande Rio 2, Kinoplex Leblon 4, Kinoplex Nova América 5, Kinoplex West Shopping 5, UCI New York City Center 2, UCI Kinoplex NorteShopping 1. Legendado, 3D: Cine 10 Sulacap 1, Cinemark Botafogo 6, Cinemark Downtown 3 e 10, Cinemark Plaza Shopping 4, Cinépolis Lagoon 6, Cinespaço Boulevard 3, Espaço Rio Design Barra 1, Iguatemi 1, Kinoplex Fashion Mall 2, Kinoplex Leblon 4, Kinoplex Nova América 5, Kinoplex Tijuca 1, Kinoplex West Shopping 5, Rio Sul 2, Roxy 3, UCI New York City Center 12, UCI Kinoplex NorteShopping 1, Unibanco Arteplex 4, Via Parque 5.

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    ✪✪✪ INQUIETOS, de Gus Van Sant (Rest­less, EUA, 2011). Com uma carreira marcada por trabalhos densos, como Garotos de Programa (1991), Elefante (2003) e Milk (2008), o diretor Van Sant não foge à regra em seu novo drama, aqui temperado pelo romantismo e pela fatalidade. Trata-se do encontro de duas pessoas afligidas por traumas do passado e do presente. Na trama, o jovem Enoch Brae (Henry Hopper, filho do também ator Dennis Hopper, morto em 2010) tem o mórbido prazer de visitar velórios e funerais de pessoas desconhecidas. Vestido todo de preto, passa incógnito até ser abordado pela esfuziante Annabel Cotton (Mia Wasikow­ska, a protagonista de Alice no País das Maravilhas). Ela insiste em tê-lo como amigo, mas, arredio, Enoch recua. Aos poucos, os dois tornam-se confidentes e, depois, namorados inseparáveis. Enquanto o rapaz abre seu coração para relembrar velhas feridas, Annabel confessa ser vítima de um câncer terminal e ter apenas três meses de vida. No mesmo clima melancólico do recente Não Me Abandone Jamais, esta triste crônica da juventude outsider americana, especialidade do cineasta, comove e desconcerta ainda mais por Van Sant minimizar as emoções. Ryo Kase interpreta o fantasma de um camicase, visto apenas pelo protagonista. Os belos figurinos são assinados por Danny Glic­ker, indicado ao Oscar por Milk (91min). 12 anos. Estação Sesc Botafogo 2, Estação Sesc Laura Alvim 3.

    ✪✪✪ MARGIN CALL – O DIA ANTES DO FIM, de J.C. Chandor (Margin Call, EUA, 2011). Para um profissional vindo da publicidade, surpreende a estreia no longa-metragem de ficção do diretor e roteirista J.C. Chandor. O tema não poderia ser mais atual: o abalo financeiro que afetou as bolsas de valores nos Estados Unidos em 2008. Em história muito bem escrita, os personagens se veem metaforicamente diante do abismo. O drama se desenrola praticamente em uma madrugada. Num banco de investimentos de Wall Street, os cortes começam, e entre os demitidos está Eric Dale (Stanley Tucci). Ao sair da empresa, ele deixa com seu subordinado, Peter Sullivan (Zachary Quinto), um pen drive carregado de informações confidenciais. Sullivan abre o arquivo, descobre que a companhia está à beira de um colapso e chama seu chefe (Paul Bettany) para pôr a situação em pratos limpos. A partir daí, os poderosos executivos começam a ser informados e, entre reuniões, o futuro de todos será decidido. Levada por uma narrativa tensa e envolvente, a trama tem o economês como inconveniente. Mas nada que impeça a desconfortável situação vivida de ser transposta para qualquer ambiente corporativo. Soberbo, o elenco ainda traz Jeremy Irons, Demi Moore, Kevin Spacey, Simon Baker e Penn Badgley (107min). 10 anos. Estreou em 9/12/2011. Estação Sesc Laura Alvim 1.

    ✪✪✪✪ MEDIANERAS – BUENOS AIRES NA ERA DO AMOR VIRTUAL, de Gustavo Taretto (Medianeras, Argentina/Espanha/Alemanha, 2011). Comédia dramática. Ao longo de enxuta uma hora e meia, o roteiro vai explorar, entre a comédia e o drama, o cotidiano de duas pessoas quase iguais, quase complementares. Ambas moram na mesma Avenida Santa Fé, em Buenos Aires, e, apesar de vizinhas, nunca se encontraram. Martín (Javier Drolas) vive numa quitinete, especializou-se na criação de sites, toma ansiolíticos e, cheio de manias, só anda a pé. Formada em arquitetura, Mariana (papel da espanhola Pilar López de Ayala, de Lope) ganhou outra ocupação: tornou-se vitrinista de lojas. Abandonada pelo namorado, a moça não usa elevador e gosta de procurar o personagem Wally no livro infantil. Lapidada com humor afiado, a fita saiu da recente competição de Gramado com os prêmios de melhor filme estrangeiro, melhor diretor e júri popular. Seus adoráveis neuróticos anônimos têm inspiração em Woody Allen ? não à toa há uma cena de Manhattan (1979), do cineasta americano, numa referência explícita. Em resumo: trata-se de um criativo painel do mundo de hoje, movido por relações virtuais, porém com uma pontinha de esperança na sensibilidade do calor humano (95min). 12 anos. Estreou em 2/9/2011. Cine Joia, Estação Sesc Botafogo 3.

    ✪✪✪ MISSÃO: IMPOSSÍVEL – PROTOCOLO FANTASMA, de Brad Bird (Mission: Impossible: Ghost Protocol, EUA, 2011). Sai J.J. Abrams (agora apenas produtor) e entra Brad Bird na direção do quarto capítulo da cinessérie de ação. Responsável pelas animações Os Incríveis e Ratatouille, Bird traz humor (coisa raríssima nos filmes anteriores) e agitação na linha dos desenhos animados. O resultado surpreende menos pela história e mais pelas eletrizantes sequências de tensão e suspense. Para se ter uma ideia, no ponto alto da trama, o agente Ethan Hunt (Tom Cruise) escala o Burj Khalifa, o edifício mais alto do mundo, em Dubai. Há também cenas em Moscou e na Índia, igualmente formidáveis e filmadas com uma precisão técnica de deixar a plateia boquiaberta. No começo do longa-metragem, Hunt está preso na Rússia e, logo em seguida, numa missão na capital, é acusado de bombardear o Kremlin. Sua agência secreta, então, sai de cena e Hunt passa a ser um homem comum. Mas não por muito tempo. Disposto a limpar o seu nome, vai atrás do verdadeiro culpado pelo ato terrorista, montando uma equipe particular. O enredo traz ainda sua colega (papel de Paula Patton) tentando encontrar o assassino de seu namorado. Com Jeremy Renner e Simon Pegg (133min). 12 anos. Estreou em 21/12/2011. Dublado: Bay Market 2, Box Cinemas São Gonçalo 2 e 4, Cine 10 Sulacap 5, Cinemark Carioca Shopping 2, Cinemark Plaza Shopping 2, Cinespaço Boulevard 4, Cinesystem Bangu 1 e 5, Cinesystem Via Brasil 1, Espaço Rio Design Barra VIP, Iguaçu Top 3, Iguatemi 2, Kinoplex Grande Rio 3 e 5, Kinoplex Nova América 4, Kinoplex West Shopping 2 e 4, UCI New York City Center 1 e 10, UCI Kinoplex NorteShopping 3 e 7, Via Parque 1. Legendado: Cine 10 Sulacap 6, Cinemark Botafogo 1, Cinemark Downtown 2 e 4, Cinemark Plaza Shopping 5, Cinépolis Lagoon 3, Cinespaço Boulevard 4, Cinesystem Ilha Plaza 2, Cinesystem Recreio 3, Cinesystem Via Brasil 1, Iguatemi 2, Kinoplex Fashion Mall 2, Kinoplex Leblon 1, Kinoplex Nova América 7, Kinoplex Tijuca 3, Rio Sul 1, Roxy 1, São Luiz 4, UCI New York City Center 1, 4 e 9, UCI Kinoplex NorteShopping 7, Unibanco Arteplex 1.

    ✪✪✪ OS MUPPETS, de James Bobin (The Muppets, EUA, 2011). Criados por Jim Henson (1936-1990), os Muppets voltam ao cinema numa iniciativa do ator Jason Segel (Eu Te Amo, Cara). Produtor e roteirista da comédia, além de fã do programa Muppet Show, levado ao ar entre 1976 e 1981, Segel também faz o protagonista. Ele interpreta Gary, que, com sua namorada (Amy Adams), mora na fictícia Smalltown. Acompanhados de Walter, um boneco irmão de Gary, eles deixam a cidadezinha para ir até Los Angeles conhecer os estúdios dos Muppets. Mas o teatro onde eles se apresentavam está à beira de uma demolição e, pior, os bonecos debandaram. Inconformado, o trio sai à procura de Kermit, o sapo antes conhecido como Caco, Miss Piggy e companhia. Exceto pela pavorosa dublagem em português (até as canções são vertidas para a nossa língua), a fita funciona a contento tanto para crianças (que desconhecem os personagens) quanto para marmanjos nostálgicos da década de 80 (93min). Livre. Estreou em 2/12/2011. UCI New York City Center 1.

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    ✪✪ NOITE DE ANO NOVO, de Garry Marshall (New Year?s Eve, EUA, 2011). Comédia dramática. Há dois deslizes no novo filme do diretor de Uma Linda Mulher (1990). Além da falta de clima de réveillon, raras das várias histórias empolgam. Marshall usa a mesmíssima fórmula de Idas e Vindas do Amor, seu trabalho anterior: enche o vazio roteiro de estrelas para narrar um dia na vida de muuuitos personagens. Ambientada em Nova York, a trama mostra a preparação da festa de Ano-Novo na Times Square, comandada por uma produtora (Hilary Swank). Quem também trabalha exaustivamente é a dona de um bufê (Katherine Heigl), que vai reencontrar o ex-namorado, um cantor (Jon Bon Jovi) responsável por animar a plateia. No quesito romance, Ashton Kut­cher fica preso num elevador e rola um clima com sua vizinha (a cantora do seriado Glee Lea Michele). O humor dá as caras na disputa de dois casais para ter seus bebês na hora da virada. E tem até drama, com Robert De Niro na pele de um fotógrafo à beira da morte. Tantos enredos novelescos comprometem o andamento e, no desfecho, forçam a barra na emoção. Com Zac Efron, Michelle Pfeiffer, Halle Berry, Abigail Breslin, Josh Duhamel e Sarah Jessica Parker (118min). 10 anos. Estreou em 9/12/2011. Estação Sesc Laura Alvim 2, UCI New York City Center 15, UCI Kinoplex NorteShopping 8.

    ✪✪✪ OS NOMES DO AMOR, de Michel Leclerc (Les Nom des Gens, França, 2010). Bahia Benmahmoud, interpretada por Sara Forestier, tem orgulho de suas raízes: é filha de uma ex-hippie francesa e de um imigrante argelino. Ativista de esquerda, a jovem possui atributos físicos e, para convencer um homem de direita a mudar de lado, não pensa duas vezes em levá-lo para a cama. Na sua mira está Arthur Martin (Jacques Gamblin), um quarentão que parece conservador, mas se revela partidário do socialista Lionel Jospin. O painel montado pelo diretor e roteirista Michel Leclerc (com base em experiências pessoais ao lado da mulher, Baya Kasmi) enfoca a pluralidade, não só política, da França. No César 2001, o Oscar francês, o filme ganhou os prêmios de melhor roteiro e melhor atriz ? uma luminosa atuação de sua protagonista (104min). 14 anos. Estreou em 2/12/2011. Esta��ão Sesc Laura Alvim 2.

    ✪✪✪✪ OPERAÇÃO PRESENTE, de Sarah Smith (Arthur Christmas, EUA/Inglaterra, 2011). Se você acha que já viu tudo sobre enredos natalinos, vai arregalar os olhos diante desta formidável animação, dirigida por uma estreante, escrita por um dos autores de Borat e Bruno e da mesma produtora inglesa de Wallace & Gromit e A Fuga das Galinhas. A técnica se mostra eficiente, mas contam mais pontos as originais ideias do roteiro. Num misto de humor e aventura, a história enfoca a trajetória de Arthur, um adolescente que mora no Polo Norte e é filho do Papai Noel. Sua missão no Natal consiste em receber cartas de crianças e respondê-las. Acontece que, para entregar todos os pedidos numa única noite, o bom velhinho tem agora uma enorme espaçonave e um esquema tecnológico liderado por seu primogênito e centenas de elfos. O trabalho termina pontualmente em 24 de dezembro. Mas ? surpresa! ? o presente de uma menina inglesa acaba ficando para trás. O desenho recebeu merecida indicação ao Globo de Ouro e será injusto se não concorrer ao Oscar da categoria (97min). Livre. Estreou em 2/12/2011. Cine Bauhaus 1.

    ✪✪✪✪ O PALHAÇO, de Selton Mello (Brasil, 2011). Comédia dramática. Grande ator do cinema e da TV, Selton Mello estreou como diretor em 2008 com o denso Feliz Natal. Para seu segundo trabalho, aparou arestas, maneirismos e as tentações típicas dos principiantes. Conseguiu, assim, um feito: realizar um dos mais belos filmes do ano, tanto por seu visual arrebatador quanto pelo roteiro emotivo, uma mistura de drama melancólico e humor singular, raramente presente no cinema nacional. Felizmente, o público anda correspondendo às expectativas e, até agora, a fita já arrebatou mais de 1,4 milhão de espectadores. Trata-se aqui da transformação do conformista Benjamin (papel de Selton). Filho do dono de um circo, ele divide o picadeiro com o pai (Paulo José) em andanças pelo interior do Brasil, provavelmente na década de 70 (não há uma data específica na história). A dupla de palhaços Pangaré e Puro Sangue é a sensação de crianças e adultos. Mas, embora divirta as plateias, Benjamim, lá no fundo, não se sente confortável nem feliz. Triste e solitário, quer mudar de profissão, ter uma namorada, ser outra pessoa. Para isso, precisa cortar os laços. Referências aos diretores Jacques Tati e Fellini são evidentes e a direção de arte de Claudio Amaral Peixoto é de arrepiar, assim como a trilha sonora de Plínio Profeta. No elenco afiado, composto de novatos (como Larissa Manoela) e experientes (Teuda Bara e Jorge Loredo), Moa­cyr Franco rouba a cena numa aparição curtíssima que lhe valeu um surpreendente prêmio de melhor ator coadjuvante no Festival de Paulínia. Selton também saiu de lá com os troféus de melhor diretor e melhor roteiro (90min). 10 anos. Estreou em 28/10/2011. Estação Sesc Botafogo 2, Unibanco Arteplex 5.

    ✪✪✪ A PELE QUE HABITO, de Pedro Almodóvar (La Piel que Habito, Espanha, 2011). Pode ser clichê, mas um filme mais fraco de Almodóvar sempre se mostra melhor do que a média em cartaz. Em seu 18º longa-metragem, o grande e inspirado diretor espanhol tira o humor de cena e investe num drama de suspense com toques macabros. Na fita, indicada ao Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro, o cirurgião plástico Robert Ledgard (Antonio Banderas) possui uma clínica particular em Toledo e, lá, vive às voltas com a revolucionária invenção de uma pele humana sintética. Motivações não lhe faltam: anos atrás, sua esposa teve o corpo queimado num acidente de carro e se suicidou tempos depois. A cobaia da experiência é uma bela jovem (papel de Elena Anaya), que fica trancada num quarto e não pode se comunicar com ninguém pessoalmente. Só o doutor tem acesso a ela. Quem seria essa moça? Qual o motivo de ela viver como uma presidiária? Por que a empregada de Ledgard (papel de Marisa Paredes) quer que o patrão a mate? As respostas, nos roteiros de Almodóvar, costumam chegar rechea­das de surpresas ? e aqui não é diferente (110min). 16 anos. Estreou em 4/11/2011.Estação Sesc Laura Alvim 1, Estação Sesc Rio 1, UCI New York City Center 16.

    ✪✪ PROVA DE ARTISTA, de José Joffily (Brasil, 2011). Diretor da ficção Olhos Azuis (2009), Joffily volta-se ao documentário seguindo cinco jovens instrumentistas ocupados com árduos estudos e tensas audições. Há bons momentos, sobretudo quando o diretor deixa os personagens à vontade para falar de suas dificuldades e da rivalidade existente no meio. Quem sobressai é o violinista americano Byron Hitchcock, que entrega a desorganização dos realizadores de um teste na Sala São Paulo. Em geral, os demais chovem no molhado em depoimentos pouco reveladores. O tema também fica restrito a um público bem específico (84min). Livre. Estreou em 25/11/2011. Unibanco Arteplex 3.

    ✪✪ REIDY, A CONSTRUÇÃO DA UTOPIA, de Ana Maria Magalhães (Brasil, 2009). Atriz bastante ativa na década de 70, Ana Maria Magalhães estreou na direção de longas de ficção com o desastroso Lara (2002). Investe agora num personagem interessante para um documentário irregular. Trata-se aqui da trajetória, estritamente profissional, de Affonso Eduardo Reidy (1909-1964). Esse arquiteto e urbanista nasceu em Paris, era filho de uma brasileira com um inglês e cursou a Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro a partir dos 17 anos. A fita procura jogar luz na importância de Reidy, responsável pela criação, na capital fluminense, do Conjunto Habitacional Pedregulho, das colunas do Museu de Arte Moderna e das vias do Aterro do Flamengo. Um locutor dá voz às ideias e aos pensamentos de Reidy de forma entediante e certas obras do arquiteto não são sinalizadas com legendas. Para os leigos, restam, portanto, alguns pontos de interrogação (77min). Livre. Estreou em 11/11/2011. Unibanco Arteplex 5.

    ✪✪✪ ROMÂNTICOS ANÔNIMOS, de Jean-Pierre Améris (Les Émotifs Anonymes, França/Bélgica, 2010). Tanto Jean-René (papel do ótimo Benoît Poelvoorde, de Coco Antes de Chanel) quanto Angélique (Isabelle Carré) são um poço de insegurança e sofrem de timidez crônica. Chocolatière de mão-cheia, Angélique frequenta um grupo de apoio para melhorar sua relação com o mundo. Desempregada, essa quarentona se candidata a uma vaga numa centenária (e quase falida) fábrica de chocolates, cujo dono, Jean-René, igualmente bate ponto no terapeuta. O objetivo dele: dar fim ao medo de tudo e de todos, inclusive seu pavor de se envolver com as mulheres. A comédia romântica pode indicar um dramalhão psicológico, mas o diretor e roteirista Jean-Pierre Améris, inspirado em experiências pessoais, prefere extrair graça dos distúrbios de seus personagens. Em levada de fábula romântica, puxada por breves números cantados (na linha do clássico Os Guarda-Chuvas do Amor), a enxuta história conquista por sua despretensão e simplicidade. Típico longa-metragem francês de apelo popular, traz começo, meio e fim para a plateia sair da sessão feliz da vida (80min). 10 anos. Estreou em 23/12/2011. Estação Sesc Barra Point 1, Estação Sesc Ipanema 2, Estação Sesc Rio 1, Unibanco Arteplex 2.

    ✪✪ ROUBO NAS ALTURAS, de Brett Rat­ner (Tower Heist, EUA, 2011). Diretor da cinessérie A Hora do Rush, Ratner retoma o gênero comédia de ação. Ben Stiller já teve melhores momentos no cinema em, por exemplo, Entrando numa Fria e suas duas sequências, mas Eddie Murphy volta ao bom papel do malandro falastrão ? pena que seu personagem ganhe maior espaço a partir da metade da trama. Nela, Arthur Shaw (papel de Alan Alda), milionário investidor de Wall Street, é preso por fraude e deixa seus funcionários preocupados. O ricaço mora num alto edifício de sua propriedade cuja gerência fica a cargo do competente Josh Kovacs (Stiller), praticamente seu braço direito na administração. Algo, porém, vai melar a relação entre eles quando o funcionário descobre que o patrão roubou seu fundo de pensão e de todos os outros colegas de trabalho. Furioso, Kovacs arma um plano: assaltar o apartamento de Shaw durante sua ausência. Na missão, conta com outros companheiros (interpretados por Casey Affleck, Matthew Broderick e Michael Peña) e chama um experiente ladrão encrencado com a Justiça (Murphy) para pôr o plano em prática. Embora tenha piadas espirituosas e uma ótima cena de tensão no alto do prédio, o longa-metragem padece da mesmice se filiando ao ?filme de roubo? genérico. Com Téa Leoni e Gabourey Sidibe, indicada ao Oscar de melhor atriz em 2010 por Preciosa (104min). 10 anos. Estreou em 16/12/2011. Dublado: Box Cinemas São Gonçalo 2, Cinespaço Boulevard 6.

    ✪✪✪ TRIÂNGULO AMOROSO, de Tom Tykwer (3, Alemanha, 2010). Para acompanhar o comportamento racional dos personagens, o drama alemão investe em uma narração fria e exibe uma técnica fabulosa, muitas vezes com enquadramentos de tirar o fôlego. A trama segue os quarentões Hanna (Sophie Rois) e Simon (Sebastian Schipper), juntos há duas décadas e sem filhos. Ela apresenta um programa na TV e ele trabalha com arte. São modernos, antenados e têm uma agenda de compromissos diários em Berlim. Pouco tempo depois de Hanna conhecer o cientista especializado em genética Adam (Devid Striesow), a infidelidade se impõe. Enquanto isso, o marido dela passa por uma cirurgia de emergência: a retirada de um testículo sob suspeita de câncer. O relacionamento com Hanna esfria. Por outro lado, Simon recebe uma cantada de um homem no vestiário da academia onde pratica natação. Vale parar por aqui e apenas dizer: a tal relação a três demora a se consumar e se constrói de forma inusitada e original. Após o sucesso de Corra, Lola, Corra, o diretor Tom Tykwer jamais acertou o passo como antes, em fitas como Paraíso (2002) e Trama Internacional (2009). Também roteirista, ele prefere aqui manter distância das convenções sociais e vai fundo em seu questionamento sobre a sexualidade. Héteros, gays e bissexuais, para o cineasta, são papéis definidos por regras. Importam mais em sua reflexão a quebra dos tabus e a amplitude do prazer para o homem ou para a mulher, venha ele de onde vier (119min). 16 anos. Estreou em 30/12/2011.Estação Sesc Barra Point 1, Estação Sesc Botafogo 3.

    ✪✪✪ TUDO PELO PODER, de George Clooney (The Ides of March, EUA, 2011). Depois de receber quatro indicações ao Globo de Ouro (melhor filme/drama, roteiro, direção e ator, para Ryan Gosling), este quarto (e melhor) filme comandado por George Clooney deve entrar na corrida do Oscar. Inspirado numa peça teatral, o drama político tem o galã como corroteirista e em um dos papéis principais. A trama trata dos bastidores de uma campanha eleitoral americana e traz Clooney na pele de Mike Morris, governador do estado da Pensilvânia às voltas com as primárias em Ohio. Ele disputa com um senador uma vaga entre os democratas para concorrer à Presidência. Em excelente atuação, Gosling (de Namorados para Sempre) faz o protagonista Stephen Meyers. Secretário de Morris, ele vive diariamente numa corda bamba tentando driblar a superioridade do coordenador da campanha (interpretado por Philip Seymour Hoffman) e o assédio do assessor do outro candidado (Paul Giamatti) para que ele mude de lado. O único momento de prazer é quando está na cama com a estagiária vivida por Evan Rachel Wood. Por mais que seu enredo seja muito afeito aos americanos, a fita consegue entreter pela narrativa bastante fluente e por reviravoltas sedutoras (101min). 14 anos. Estreou em 23/12/2011. Cinemark Botafogo 4, Cinemark Downtown 7, Cinépolis Lagoon 5, Espaço Museu da República, Estação Sesc Barra Point 1, Estação Sesc Botafogo 1, Estação Sesc Ipanema 2, Estação Vivo Gávea 2, Kinoplex Fashion Mall 3, Kinoplex Leblon 2, Roxy 1, UCI New York City Center 11.

    ✪✪✪ O ÚLTIMO DANÇARINO DE MAO, de Bruce Beresford (Mao?s Last Dancer, Austrália, 2009). O drama inspirado na autobiografia do bailarino Li Cunxin tem início em 1980. Em Houston, Texas, o diretor de uma companhia de balé (Bruce Greenwood) hospeda em casa um rapaz vindo de Pequim. Li Cunxin (Chi Cao) vai fazer um estágio de três meses nos Estados Unidos. A história, então, retrocede para mostrar sua ascensão. Nascido numa aldeia chinesa, o frágil Li (Wen Bin Huang) foi tirado da família ainda menino por agentes de Mao Tsé-tung. O objetivo: ser treinado numa escola de dança da capital. Li cresceu sob os preceitos comunistas e sempre baixou a cabeça para os desígnios de seu povo. Em sua estada americana, no entanto, vê-se tentado a mudar o destino. Diretor de Conduzindo Miss Daisy (1990), o australiano Bruce Beresford segue uma cartilha própria para abordar o comunismo e o capitalismo, concentrando-se sobretudo nos dilemas de seu protagonista, interpretado por um fraco ator, mas ótimo dançarino (117min). 14 anos. Estreou em 9/12/2011. Cine Joia, Estação Sesc Ipanema 1, Estação Sesc Rio 3, Estação Vivo Gávea 2.

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