Continua após publicidade

Cliente é chamada de ‘macaca’ e ‘preta safada’ em loja de Copacabana

Laura Brito denunciou comerciante, que é chinesa, por racismo; ela chegou a ser detida, mas foi liberada após pagar fiança

Por Da Redação
22 set 2022, 17h02
Laura Brito
Laura Brito: ofendida e agredida ao entrar em loja para comprar anel para o marido. (TV Globo/Reprodução)
Continua após publicidade

A atendente Laura Brito, de 28 anos, entrou numa loja em Copacabana para comprar um anel para o marido nesta quarta (21), quando a comerciante identificada como Li Chen, de 48 anos, parou em sua frente. A mulher passou a segui-la pelos corredores. Ao ser questionada sobre o motivo desta atitude, a dona da loja respondeu que ela deveria se retirar. “Eu não quero você e esse tipo de gente na minha loja, ‘neguinha’, eu não quero uma ‘neguinha’ igual a você na minha loja. Sai”, relatou a vítima sobre as ofensas ouvidas.

+ Carga de ‘maconha líquida’ em frascos de cosméticos é apreendida no Galeão

“Eu me senti um lixo. Ela falou que eu era uma ‘macaca’, que não precisava das ‘neguices’, que era para eu sair, que eu era uma ‘preta safada’”, afirma Laura, acrescentando que ainda tentou argumentar com a comerciante: “Eu estou comprando, eu tenho dinheiro para consumir, não vou te roubar, não vou fazer nada”. Mesmo assim, segundo ela, Li Chen foi agressiva e insistiu em expulsá-la. Foi quando teriam começado, inclusive, agressões. “Me deu dois tapas no braço, pegou a cestinha que estava na minha mão com o meu celular e outras bijuterias, tirou a cestinha de mim, tacou o meu celular no chão. Eu fui saindo da loja pedindo socorro, catando as minhas coisas no chão e ela me ofendendo.”

Clientes e pessoas que passavam pelo estabelecimento viram a vítima chorando e foram cobrar explicações da dona da loja. A polícia foi acionada, e os agentes do 19º BPM (Copacabana) levaram Li Chen para a 12ª DP (Copacabana). Na saída, testemunhas hostilizaram a dona da loja, gritando “racista”. O caso foi registrado como injúria racial.

+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui

Continua após a publicidade

Laura diz que o sentimento que fica é de “raiva, dor e mágoa”?: “Como que pode ter tanto preconceito? Por quê? O que a gente fez? Só porque a gente tem uma cor mais escura? Só porque a nossa melanina é mais acentuada que a dos outros? É errado!”.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.