Foi uma semana repleta de eventos preparatórios para os Jogos Olímpicos de 2016, englobando desde competições, que serviram de teste para quando a disputa for para valer, até discursos inflamados, como o de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Rio 2016. Com projeções que lembravam que falta apenas um ano para o início da Olimpíada, ele e o prefeito Eduardo Paes promoveram, na manhã de quarta-feira (5), em coletiva de imprensa na Arena 3 do Parque Olímpico, na Barra, um exercício de otimismo e de boas notícias. Paes parecia tão feliz que até brincou de jogar handebol. O prefeito elogiou o Comitê Olímpico Internacional (COI), fazendo inclusive comparações com a Fifa, que “só quer saber de estádio”. Nuzman, por sua vez, enfatizou que o cronograma de obras está sendo cumprido a contento e que, após os Jogos, o legado para a cidade será consistente. Naquele mesmo dia e no mesmo bairro (num dos palcos da Cidade das Artes), a presidente Dilma Rousseff e o alemão Thomas Bach, presidente do COI, estiveram na cerimônia formal do marco de um ano para a abertura das competições. O tom das falas foi idêntico: tudo vai bem. E depois houve show de Diogo Nogueira e Zeca Pagodinho. Enquanto isso, o governo do estado admite que a Baía de Guanabara não estará despoluída até pelo menos 2030 e a cidade de Búzios, para constrangimento da capital, reforça a campanha para sediar a vela olímpica. Mais uma vez, a realidade não soa tão rósea quanto os discursos.
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