Por toda a cidade, algumas ruas são famosas por reunir diversas opções de bares dos mais variados estilos se tornando verdadeiros paraísos boêmios. Na Praça da Bandeira, a Rua Barão de Iguatemi conta com Botto Bar, Aconchego Carioca, Bar da Frente e mais recentemente o The Hellish Pub. Já em Botafogo, Boteco Colarinho, Shooters e Cafofo Pub dividem atenções na Rua Nelson Mandela. Ainda pela Zona Sul, a Dias Ferreira, no Leblon, é a rua de restaurantes badalados, mas também de dois bares que lotam as calçadas de jovens: o Brewteco e o Belmonte. Agora, este mesmo clima atravessou o Joá para aportar na Avenida Olegario Maciel, na Barra.
Não que há alguns anos a rua não fosse point de jovens. Casas como o Seu Bar, Alves, Taco e Tequila, Espetto Carioca, Bar 399, entre outras, sempre estiveram lotadas. No entanto, cinco novidades recentes reforçaram o caráter notívago e diversificaram o público deixando o local ainda mais eclético.
Tome a Void General Store como exemplo. Nascida no Leblon, a loja é queridinha do público hipster. Desde novembro, é possível encontrar desde itens básicos como alicates de unha e adaptadores de tomada até chegar em pares de tênis, peças de roupas e bonés. Todos, é claro, repletos de estilo. Mas não é só isso que atrai centenas de pessoas todas as noites. Por lá você pode beber cervejas variadas (a Heineken de 600 mililitros, pedida com maior saída, custa R$ 9,00), cachaças e curtir o som alternativo que sai das caixas sentado em pufes, sofás, na arquibancada ou simplesmente em pé.
Nesta mesma linha e nem a cinco minutos andando, dê um pulo na galeria de arte Kult Kolector. As obras expostas são sempre interessantes, mas, novamente, um mero detalhe. Braço da investida dos donos Alexandre Ribeiro e Natacha Weibel, o Lemonade Bar já valeria a visita para quem curte um bom drinque. O bar é chefiado pelo mixologista Marcos Neia, com passagem pelo Astor. Peça sem medo de errar qualquer uma das opções da carta, entre elas o agradável lynchburg lemonade (R$ 25,00), refrescante combinação de Jack Daniel’s, licor Grand Marnier, mix cítrico e soda artesanal e o manhattan zeppelin (R$ 30,00), feito de Jack Daniel’s Single Barrel, vermute, bitter de laranja, angustura e cereja. Mas além dos bons bebes, a programação cultural do segundo andar do bar, que também tem uma loja onde se encontram roupas, acessórios e milhares de vinis, inclui shows de rock, de blues e noites de poesia. Ah! E na calçada, por onde mesas se espalham, um DJ faz um som de terça a domingo.
Mais duas casas originárias da Zona Sul também inauguraram novas unidades por lá. O misto de bar e restaurante mexicano Guacamole anima o público com boa comida e bons drinques em ambiente descontraído e colorido com direito a mariachis e tequileiros. Hit , a margarita clássica (R$ 18,90) está entre os drinques mais pedidos.
Outra que aproveitou o fato de ter conseguido um imóvel maior dos que os na Zona Sul, a rede de pizzas Vezpa construiu um lounge. A trilha sonora fica por conta do DJ Ricardo Estrella mixando clássicos do jazz, rock e soul, enquanto o público aproveita mais uma exclusividade de lá: o caipi-truck. Trata-se de um carrinho volante onde as clássicas caipivodkas de morango, kiwi, limão e abacaxi são feitas diante de quem pediu (R$ 16,90 com vodca nacional e R$ 19,50 com importada).
A quinta novidade veio do centro e com proposta dupla. Durante o dia, um belo buffet de comida árabe é a atração do Bar do Elias. Mas com o cair da noite, os lugares mais disputados ficam no amplo deck de madeira onde se pode petiscar pedidas igualmente influenciadas pela culinária do Oriente Médio como a a porção de faláfel (R$ 22,00, seis unidades). Para beber? Um carta de cervejas com cerca de 90 rótulos entre eles a a americana Big Daddy IPA (R$ 28,90; 355 mililitros).
Vem mais por aí: Reserva T.T. Burger
Aproveitando a invasão da Zona Sul na rua mais boemia da Barra, o chef Thomas Troisgros e seu sócio Rony Meisler vão inaugurar a maior unidade da hamburgueria que é sucesso absoluto: a Reserva T.T. Burger. E, diferentemente das casas no Arpoador e no Leblon, a barrense terá uma área reservada exclusivamente para eventos em parte do imóvel de 200 metros quadrados. Para Thomas, que desenvolveu o único hambúrguer vendido por lá, a expansão é natural.
“A gente tem alguns bairros que quer entrar. Mas a Barra sempre esteve na nossa cabeça. Com isso definido, procuramos a Olegário. Lá é o mainstream. E o preço do imóvel é bem mais tranquilo do que na Zona Sul”, explicou.
Seja morando por ali ou tendo de atravessar o túnel, a Avenida Olegário Maciel chegou para fazer parte do roteiro carioca. É só aproveitar.