O Hotel Nacional, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e que chegou a ser tido como o mais sofisticado do Rio, começou a ser restaurado, após 20 anos de abandono. A previsão é de que a torre redonda de 34 andares, em São Conrado, zona sul, esteja pronta a tempo para a Olimpíada, em agosto de 2016.
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Inaugurado em 1972, o Nacional foi um dos mais importantes hotéis da capital – rivalizava com o Copacabana Palace na preferência de artistas. Ali eram realizados festivais como o Free Jazz e o de Cinema.
Tombado pelo patrimônio municipal em 1998, a reforma manterá as características típicas da arquitetura de Niemeyer: vão livre do amplo lobby, sem pilares de sustentação; laje recortada; piscina arredondada; escadas e rampas curvas.
Os 520 quartos, “todos de frente”, como anunciado à época, serão reduzidos a 468, conforme o projeto inicial de João Niemeyer, sobrinho de Oscar. A maior alteração no projeto original será a construção de um prédio de dez andares e 30 mil metros quadrados sobre o antigo centro de convenções.
O restauro prevê ainda a recuperação da escultura de sereia, de Alfredo Ceschiatti, e do mosaico de Athos Bulcão. Um imenso painel de Carybé, que havia sido retirado da parede e leiloado irregularmente, foi retomado judicialmente: as 268 placas de concreto, de 40 quilos cada, voltarão ao ponto original.
O prédio hoje está sem encanamento, instalações elétricas, acabamento em gesso e piso. As placas de vidro da fachada serão trocadas por mais modernas, que filtram a luz e deixam passar menos calor.
Ainda não foi definida a bandeira hoteleira que administrará o hotel. A empresa será definida em dois meses (com Estadão Conteúdo)