Carnaval: a 100 dias dos desfiles, comissão propõe versão on-line em 2021
Plano emergencial aprovado em audiência nesta sexta (6) sugere também auxílio para escolas e trabalhadores; relatório será enviado aos órgãos públicos
Especialistas em saúde e representantes das escolas de samba aprovaram nesta sexta (6), em audiência pública virtual, o plano emergencial para o Carnaval 2021. O documento foi apresentado pelo presidente da comissão, Tarcísio Motta (PSOL), e elaborado a partir de discussões de um grupo de trabalho formado em setembro com integrantes de ligas de blocos de rua, das agremiações e de especialistas em Covid-19 da Fiocruz e da UFRJ.
Filho de Cabral ameaça Luiz Lima: ‘Tomando medidas cabíveis contra ele’
O plano reforça a necessidade da não realização do carnaval em seu formato tradicional enquanto não houver vacina, e propõe atividades on-line, como o incentivo às lives de apresentação dos blocos de rua e escolas de samba e também uma versão via internet do concurso de Rei Momo e Rainha do Carnaval. Ele também prevê políticas de auxílio a agremiações e trabalhadores do carnaval, como editais de fomento para projetos on-line (R$25 mil para 600 projetos), editais de permissão para trabalhadores (5 mil prêmios no valor de um salário mínimo) e subsídios de no mínimo R$100 mil para agremiações.
Wilson Witzel é despejado do Palácio Laranjeiras; impeachment continua
A pedido da comissão, a Fiocruz e o Grupo de Trabalho Multidisciplinar para o Enfrentamento do Coronavírus da UFRJ elaboraram um parecer técnico sobre os parâmetros, indicadores e critérios que devem ser observados para a definição de eventual nova data para o Carnaval. Hermano Castro, da Fiocruz, e Roberto Medronho, da UFRJ, concordaram que ainda não é possível prever uma data para o carnaval de 2021. “Sou um defensor do carnaval, mas não há condições seguras para a realização do Carnaval no próximo ano”, disse Medronho.
Futebol: Tite convoca Pedro, do Flamengo, para a Seleção Brasileira
O plano, assim como o parecer técnico dos especialistas, será encaminhado para o órgão de turismo do município (que não enviou representantes) e para os candidatos a prefeito. “Estamos a cem dias do carnaval e a Prefeitura ainda não tem política alguma para garantir a sobrevivência dos trabalhadores do setor nem o simbolismo do maior patrimônio cultural da cidade. É, inclusive, uma falta de respeito a Riotur não ter enviado ninguém para esta audiência pública”, disse Tarcísio Motta. Procurada por VEJA RIO, a Riotur não se manifestou até a publicação desta reportagem.
+ Para receber VEJA Rio em casa, clique aqui