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Por que construção avaliada em 4 milhões foi demolida na Ilha da Gigoia

Obra 'ilegalizável' ficava em área sob influência do crime organizado, segundo a Seop e o Ministério Público estadual, responsáveis pela operação

Por Da Redação
15 ago 2023, 17h21
demolição de um prédio de quatro andares erguido irregularmente na Ilha da Gigoia, em área sob influência do crime organizado.
Prédio 'ilegalizável': construção de quatro andares tinha piso de mármore e ia ganhar sala de jogos e área de lazer na cobertura. (Fabio Costa/Seop/Divulgação)
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Um prédio de quatro andares erguido irregularmente na Ilha da Gigoia, na Barra, foi demolido nesta terça (15), numa operação da Secretaria de Ordem Pública (Seop) e do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público estadual. Erguida em área sob influência do crime organizado, a construção não possuía nenhuma autorização da prefeitura do Rio e era ‘ilegalizável’, uma vez que não atendia os parâmetros urbanísticos para a região e já tinha mais de 1.000 metros quadrados de área construída. De acordo com estimativas iniciais de engenheiros da prefeitura, a demolição causará um prejuízo de aproximadamente 4 milhões de reais aos responsáveis.

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“O responsável pela construção ilegal já vinha sendo objeto de investigação criminal pelo Ministério Público, tendo sido constatado que, a despeito da impossibilidade de legalização e dos embargos impostos à construção, as obras avançaram. Em razão disso, a FT-OIS/MPRJ e o Gaeca, em parceria com a Seop, decidiram pela demolição administrativa“, explicou a promotora Glaucia Rodrigues Mello, integrante da Força-Tarefa do Gaeco/MPRJ.

Dos quatro andares, três já contavam com alvenaria e emboço concluídos, com pisos de mármore, que seriam destinados a 12 apartamentos. No último andar, seria erguido um salão de jogos e área de lazer. Um deque particular de aproximadamente 400m2 também estava sendo feito nos fundos do terreno. O proprietário já havia sido notificado para a paralisação da obra. Os agentes também realizaram 14 cortes de energia elétrica. Ninguém estava morando no local ainda.

“Vamos seguir realizando esse tipo de operação de demolição de construções irregulares, justamente com foco na preservação de vidas, no ordenamento para frear o desmatamento e a desordem, além de asfixiar financeiramente o crime organizado. Sabemos que esses grupos criminosos se utilizam do mercado imobiliário irregular para lavagem de dinheiro e para enriquecer ilegalmente e por isso a importância dessa parceria com o Ministério Público”, destaca o Secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.

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Desde de 2021 a Secretaria de Ordem Pública já realizou 2.794 demolições de construções irregulares por todo o município do Rio, sendo 75% dessas em áreas sob influência do crime organizado. Também participam da operação agentes da Secretaria de Conservação, da Guarda Municipal, Comlurb e Light.

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