Com quase 400 anos de história o prédio que abrigou Convento do Carmo, localizado na Rua Primeiro de Março, terá uma nova finalidade. O local abrigará, depois de uma reforma, a biblioteca da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e a nova sede administrativa da Secretaria de Cultura. Por seus cômodos já passaram personagens históricos como a rainha Maria I de Portugal, mãe de dom João VI, que viveu seus últimos anos lá. No passado também abrigou a Real Biblioteca, que deu origem a majestosa Biblioteca Nacional.
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O restauro será pago pela PGE, que passará a ocupar metade do espaço dos três prédios. Na quinta (24) foi aberta a primeira licitação para escolher irá gerenciar a obra. O resultado deve ser divulgado em novembro e as obras devem começar no início de 2016. “Precisamos de espaço para expansão e o convento estava desocupado. Assim, resolvemos nosso problema e devolvemos o convento em bom estado para a cidade”, afirmou a procuradora-geral do Estado, Lucia Léa Tavares.
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O acervo da biblioteca que será instalado no local contará com mais de 40 mil volumes, que incluem títulos particulares doados à PGE por familiares do jurista Raymundo Faoro e do historiador Octávio Tarquínio e sua esposa Lúcia Miguel Pereira. Ao todo, são cerca de 60 mil livros, a maioria de Direito, incluindo obras raras datadas do tempo do Império e o rascunho da Constituição de 1937 com correções escritas à mão por Francisco Campos, ex-ministro de Getúlio Vargas.