Bonitinho, mas ordinário: coral-sol ameaça biodiversidade das Cagarras
Em duas incursões por mês ao local, mergulhadores voluntários já recolheram 20 163 colônias, o equivalente a 765 quilos de exemplares desde dezembro
Uma invasão silenciosa está em curso no litoral do Rio, mas ela é invisível em terra firme. A partir dos anos 1980, quando chegou ao Brasil junto às estruturas de plataformas de petróleo da Bacia de Campos, o coral-sol, que destrói espécies nativas, passou a se alastrar, ameaçando a biodiversidade.
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A cinco quilômetros da orla de Ipanema, nas Ilhas Cagarras, um grupo de 25 mergulhadores voluntários, armados com marretas e cestos, duas vezes por mês trava batalhas de um duelo que precisa ser constante. Capitaneados pela bióloga marinha Adriana Nascimento Gomes, analista ambiental do ICMBio, que é responsável pela gestão das unidades de conservação federais, eles já recolheram 20 163 colônias, o equivalente a 765 quilos do temido coral desde dezembro.
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“Vamos fazer uma festa quando chegarmos a 1 tonelada”, anuncia Drica, ciente de que a erradicação é muito difícil, até porque eles se reproduzem com rapidez, não têm predadores, se espalham por áreas inacessíveis e ainda são lindos. “Bonitinhos, mas ordinários. Uma praga biológica”, adverte.