Não são só os hospitais que estão à beira de um colapso no Rio. Cartório no bairro de Botafogo que abrange os “bairros litorâneos” da Zona Sul – aqueles que ficam próximos à praia ou à Lagoa -, o 5º Registro Civil das Pessoas Naturais da Capital está batendo recordes de atendimento para a emissão de certidões de óbitos causados pela Covid-19. “Hoje está ultralotado isso aqui, não tive tempo nem de ir ao banheiro”, conta uma funcionária, por telefone. Filas se formam dentro e fora do sobrado onde funciona o tabelionato, na Rua São João Batista.
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Mortes ocorridas nos bairros de Copacabana, Ipanema, Botafogo, Rocinha, Leblon, Gávea, Jardim Botânico, Leme, Urca, Vidigal, Humaitá, Lagoa e São Conrado são expedidas neste ofício de notas, que registrou um aumento de grandes proporções em um mês: em março, foram emitidas 11 certidões de óbito; o número passou para 197 em abril. Só nos dois primeiros dias de maio já foram 27 registros – lembrando que, neste levantamento, feito com exclusividade para VEJA RIO, só foram contabilizadas mortes oficialmente declaradas como relacionadas à Covid-19. “Se em dois dias de maio já foram quase 30, tudo leva a crer que este número deve superar, e muito, o do mês anterior”, diz Alan Borges, oficial responsável pelo cartório.
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No mais recente levantamento oficial da prefeitura, os 13 bairros abarcados pelo 5º Registro Civil (Copacabana, Ipanema, Botafogo, Rocinha, Leblon, Gávea, Jardim Botânico, Leme, Urca, Vidigal, Humaitá, Lagoa e São Conrado) registram, juntos, 89 óbitos na rede municipal de saúde. Os dados valem para o período que vai do dia 6 de março até as 18h deste domingo, 3 de maio.
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