Um dos blocos mais tradicionais da cidade, o Simpatia é Quase Amor anunciou hoje em sua página no Facebook que, sem vacina contra a Covid-19, o desfile no Carnaval de 2021 não vai acontecer. “Temos, entre nossos fundadores, compositores e foliões, renomados sanitaristas que estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus. Diante do quadro atual da pandemia no Rio de Janeiro, a posição do Simpatia é clara: sem vacina, não tem desfile”, afirma o grupo, que tem em sua diretoria o epidemiologista (e compositor de mão cheia) Roberto Medronho, ex-integrante da conselho de experts que auxiliou o governo estadual no combate ao coronavírus.
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Fundada em 1965, a Banda de Ipanema pode deixar de desfilar pela primeira vez no carnaval de rua do Rio pelo mesmo motivo. “São 56 desfiles consecutivos, mas desta vez não tem a menor condição de sairmos enquanto não houver segurança total para a população”, diz Cláudio Pinheiro, um dos fundadores do bloco. “São milhares de pessoas, coladinhas umas às outras, não tem como dizer que não tem risco se não houver uma vacina”, afirma. Para Claudio, mesmo que a curva achate, os níveis de contaminação caiam, e teoricamente a contaminação esteja controlada, nada disso fará a Banda festejar o carnaval em 2021 se não houver vacina. “Sem ela, não tem nem conversa”, enfatiza.
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O bloco, aliás, já escolheu seus homenageados para o próximo desfile. Além de manter a tradição de festejar personalidades que completariam 100 anos – os escolhidos foram Zé Keti, Ademilde Fonseca e Antônio Maria -, médicos e enfermeiros de todo o país também vão ser celebrados. “Mesmo que seja em 2022, ou quando der. Eles merecem, por tudo que vêm passando e batalhando nessa pandemia”, diz Pinheiro. Cinco escolas de samba do Grupo Especial – Mangueira, Beija-Flor, Imperatriz Leopoldinense, Vila Isabel e São Clemente – têm igual posição e vão defendê-la em reunião com a Liesa, que acontece nesta terça (14).
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