Um dos efeitos nefastos da pandemia é o risco de sobrecarga e colapso no sistema de saúde — o que leva à tragédia das mortes por falta de atendimento adequado. A construção de hospitais de campanha, como os do Riocentro e do Maracanã, foi uma medida adotada para evitar o problema, mas não é a única. Daniel Soranz, médico sanitarista da Fiocruz e ex-secretário de Saúde do município, sugere observar outros países para ver o que fazer (e o que não fazer).
“A maioria dos sistemas de saúde lá fora também abriu leitos dentro de estruturas já existentes. No Rio, o Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia), que faz predominantemente cirurgias eletivas, atualmente suspensas por causa da pandemia, tem quase 200 deles vazios. É um hospital com o melhor parque de imagem da cidade”, observa. Unidades em situação análoga, listadas no Censo Diário Hospitalar, somavam na segunda metade de abril mais de 2 000 leitos fora de uso que, potencialmente, poderiam vir a desafogar o sistema. “Estruturas temporárias vão ser montadas e desmontadas, jogadas fora. Em momentos como este, às vezes o mais difícil é fazer o mais simples”, acrescenta o médico.
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