O prefeito Eduardo Paes prorrogou até o dia 22 as medidas restritivas na cidade para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus. O novo decreto, no entanto, flexibiliza algumas restrições adotadas na última quinta (4), entre elas o horário de funcionamento de bares, restaurantes e quiosques das praias. Eles agora podem funcionar até às 21 horas – antes, este horário ia até às 17h, o que causou revolta entre os empresários do setor.
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Em protesto em frente à prefeitura na tarde desta quarta (10) – na véspera da publicação do decreto – , donos de comércios ligados à gastronomia, além de barraqueiros e ambulantes que trabalham nas areias do Rio, subiram o tom e ameaçaram fazer o que chamaram de “greve reversa”, trabalhando nos horários proibidos por lei.
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“Entre correr o risco de pegar Covid e morrer de fome, a gente vai trabalhar”, disse, ao microfone, um dos empresários que participou da manifestação. “Ou ele (o prefeito) cede ou a gente sai de casa mesmo. Não quer aglomeração? Olha a aglomeração aqui”, disse, do alto de um carro de som, apontando para as dezenas, talvez centenas, de manifestantes.
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Outra novidade do decreto é a volta dos barraqueiros fixos na areia e dos ambulantes nas praias – antes proibidos de trabalhar, eles agora poderão atender até às 17h. A venda de bebida alcoólica em bancas de jornais e revistas voltou a ser proibida (esta medida já tinha sido tomada anteriormente pelo ex-prefeito Marcelo Crivella). As novas regras começam a valer a partir de 0h desta sexta-feira (12).
A cidade contabiliza 211 075 casos confirmados de coronavírus e 19 207 mortes desde o início da pandemia. A taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes com a covid-19 no Rio estava em 93%, com 80% de lotação nas enfermarias. Os dados foram divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde nesta quarta (10).
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