Um projeto de lei que tramita na Câmara do Rio vem causando polêmica antes de ser votado – e, ao que tudo indica, a discussão deve ir longe. Apresentado pelo vereador Felipe Michel (Progressistas), ele propõe a criação de um “passaporte carioca de imunização”. O documento identificaria as pessoas que já foram contaminadas pela Covid-19 ou estão vacinadas, dando a elas livre acesso a qualquer evento ou ponto turístico do Rio.
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É uma outra versão do “passaporte”, no entanto, que está no centro do debate. Uma das emendas ao projeto sugere a distribuição de passe livre temporário para circular pela cidade a quem apresentar exame RT PCR negativo, com validade de 48 horas. Na ausência deste comprovante, a proposta é que quem esteja disposto a se divertir fora de casa se submeta ao teste na porta do evento pretendido. O valor cobrado por um exame como este dificilmente fica abaixo dos 100 reais, o que privilegiaria quem tem condições financeiras para arcar com este valor.
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“Imagino que esta solução seria adotada por eventos com ticket médio maior, onde seria economicamente viável cobrar um valor a mais”, diz o produtor de eventos André Barros. Com experiência na realização de grandes operações, como os camarotes comerciais da Sapucaí, André idealizou um protocolo, nomeado de Passaporte Carioca, e isso inspirou o Felipe Michel a inseri-lo no projeto de lei. “Sei que o dono de um barzinho pequeno não vai ter dinheiro para implementar o teste rápido, e o seu público dificilmente conseguirá pagar por ele. Mas a iniciativa é de interesse coletivo”, afirma.
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Em sua justificativa, o vereador afirma que “O Rio de Janeiro perdeu diversas oportunidades de gerar renda este ano com o cancelamento do réveillon, do carnaval, final da Copa Libertadores, sem o menor embasamento, e de outros eventos que não puderam ser realizados por causa da pandemia”.
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No texto, ele também diz que “o setor de eventos e turístico não pode servir como mártir e ser estigmatizado como causador ou propagador da pandemia”. Publicado no diário oficial, o projeto ainda precisa entrar na pauta pra ser discutido e votado em primeira e segunda instância.
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