Vítima da Covid-19, Pedro Oswaldo Cruz, de 79 anos – neto do médico, cientista e pioneiro no combate a epidemias no país Oswaldo Cruz – vai ser enterrado nesta segunda-feira (8), no Cemitério São João Batista. Ele morreu na madrugada de sábado (6), depois de três semanas internado no Hospital Silvestre, no Cosme Velho. Por conta dos protocolos sanitários, apenas uma pessoa da família acompanhará o enterro. Cunhada de Pedro, a historiadora e curadora de arte Vanda Klabin vai mandar rezar uma missa on-line de sétimo dia, na sexta-feira. “Ele era uma pessoa queridíssima, muita gente quer se despedir”.
Vanda conta que Pedro passou por uma trajetória “muito longa e dolorosa” desde que começou a sentir-se mal, no dia 14 de maio, na fazenda da família, no Vale do Paraíba. Ele e a mulher, Maria Christina, de 74 anos, se infectaram ao mesmo tempo – e só conseguiram ser internados no Rio depois que Vanda enviou uma ambulância para buscar a irmã e o cunhado. Maria Christina, com quem Pedro era casado há 60 anos, se recuperou em cinco dias. Ele foi direto para o CTI, onde foi sedado e jamais recobrou a consciência. “O pior é que a minha irmã está com sintomas da Covid de novo, vai fazer o exame para ver o que é”, conta a curadora. Pedro era um amante de jazz, apreciador das artes e exímio fotógrafo, com interesse especial pela patrimônio histórico da cidade e do estado do Rio.