Quem vê as cenas custa a acreditar que há menos de 15 dias o prefeito anunciou que manteria as praias proibidas por tempo indeterminado, até que houvesse uma vacina contra a Covid-19. Com dias de sol e calor, o carioca já percebeu que há “pontos cegos” para a fiscalização nas areias do Rio. Se na Zona Sul a Polícia Militar e a Guarda Municipal dão algumas incertas e chamam atenção de quem desrespeita flagrantemente o decreto com medidas restritivas de Marcelo Crivella (esticar a canga e levar isopor com bebidas, por exemplo, são um chamariz para os fiscais), na Zona Oeste, o clima é de “liberou geral”.
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“A única praia que não tem nada de doença! Pode vir! Se chegar alguém com Covid é só dar um mergulho que passa”, anuncia ao megafone um barraqueiro de Barra de Grumari (veja o vídeo). Na Barra, a situação não é diferente. A faixa de areia estava cheia nesta quinta (23), e o que se viu foi um dia normal, como se fosse no verão: aluguel de cadeiras e barracas (muitas vezes oferecidas pelos quiosques, que têm permissão para funcionar, mas somente no calçadão), pequenas aglomerações e comércio de ambulantes. O que não faltam são ilegalidades nas praias da cidade enquanto ainda vigora o decreto do prefeito Marcelo Crivella, como mostram o vídeo e a foto que ilustram esta reportagem.
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Procurada por VEJA RIO, a Guarda Municipal afirma que vai enviar uma equipe para fiscalizar as infrações sanitárias flagradas em Barra de Guaratiba. Diz ainda que as praias da Barra e do Recreio recebem patrulhamento e fiscalização do Grupamento Especial de Praia que há equipes destinadas ao atendimento de denúncias do Disk Aglomeração, que cobre toda a orla da Zona Oeste.
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