Não deu para esperar a volta dos restaurantes às suas atividades, prevista para o início de julho, quando começa a fase 3 do plano de retomada anunciado nesta segunda-feira (1) pelo prefeito Marcelo Crivella. Donos de estabelecimentos gastronômicos da cidade começam a confirmar a previsão do presidente do SindRio, Fernando Blower: segundo ele, se não houver um crédito emergencial do governo, pelo menos 30% dos bares e restaurantes do Rio ficarão fechados definitivamente.
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Somente nos últimos dias, o contemporâneo Zuka e o Fellini, pioneiro na comida a quilo de qualidade – ambos no Leblon, com 18 e 27 anos de bons serviços prestados à gastronomia carioca, respectivamente – além do brasileiríssimo Espirito Santa, em Santa Teresa, anunciaram em suas redes sociais que estão saindo de cena. Não voltam a funcionar depois da pandemia, assim como duas filiais da rede Ráscal (Rio Sul e Casashopping), Puro (Jardim Botânico), Avenca (Jardim Botânico), Bar Leo (Centro), e o Soho (Marina da Glória), entre outros.
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A questão agora entre os heróis da resistência que não sucumbirem à crise é: como agir daqui em diante, em termos de higienização e procedimentos de segurança, e como se manter economicamente viável o pós-pandemia? A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e o Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio (SindRio) lançaram em seus site cartilhas com recomendações aos estabelecimentos e empresários do setor – da organização espacial do salão à maneira de realizar pagamentos, além de dicas para que todos estejam aptos a funcionar dentro dos novos protocolos. “O setor gatronômico precisa de todo apoio para a retomada, o período pós-isolamento ainda será de crise”, diz Fernando Blower, do SindRio.
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