Não há nada tão ruim que não possa piorar – e o atual momento da pandemia no Rio comprova isso. Na divulgação do novo boletim epidemiológico, na manhã desta sexta (26), o prefeito Eduardo Paes, o subsecretário de Vigilância Epidemiológica, Márcio Garcia, e o secretário de Saúde, Daniel Soranz, trouxeram dados assustadores sobre o quadro da evolução da doença da cidade.
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Nunca houve tanta gente internada ao mesmo tempo em leitos de UTI, onde a taxa de mortalidade chega a 40%. No momento, segundo Soranz, há 663 pessoas nesta situação. Novas cepas da doença (com maior poder de transmissibilidade), estão se espalhando pelo município, e de 210 amostras analisadas desde janeiro, a variante amazônica P1 foi identificada em 83% delas.
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A cidade apresenta alto risco de contaminação pela Covid-19 em todas as suas regiões administrativas, e o número de mortos já está batendo a casa dos 20 000 (são 19 926 de acordo com o levantamento desta quinta, 25 de março). Diante deste panorama, o prefeito voltou a pedir o respeito às restrições e ao isolamento social durante os dez dias em que o novo decreto estiver em vigor. (Saiba tudo sobre as novas restrições aqui: Explicadinho: tire agora TODAS as suas dúvidas sobre o decreto de Paes).
“A gente quer acaba com tudo isso no dia 4 de abril, mas as pessoas têm que colaborar. Cada pessoa que parar nesses dez dias, menor é a chance de internar“, afirmou o prefeito, lembrando que, se preciso for, medidas ainda mais rígidas podem ser tomadas.
“O conceito de lockdown ainda não está sendo aplicado. O que pedimos é para que, quem tiver condições, que fique em casa. Já abrimos 350 leitos desde janeiro, mas não vamos esperar a bomba explodir. Pensem que cada ponto de gráfico que apresentamos é um ente querido que se vai”, disse.
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Daniel Soranz reiterou o pedido de Paes e fez um adendo: segundo ele, não adianta ficar em casa, mas recebendo a visita de pessoas que vêm de fora. “Não é o momento de receber os amigos, evitem ao máximo a circulação de pessoas, isso é muito importante para evitarmos a disseminação do vírus e quebrarmos a cadeia de contágio”.
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