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Estilo Wolverine

Adotadas por astros internacionais, as costeletas ganham força no visual dos homens cariocas

Por Daniela Pessoa
Atualizado em 2 jun 2017, 13h11 - Publicado em 6 mar 2014, 21h59
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Divulgação (Redação Veja rio/)
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Depois do look barbado que virou hit no último verão, é a vez de as costeletas reinarem absolutas no visual dos cariocas. Do Leme ao Pontal, basta um passeio rápido pelo calçadão ou pelas praias para comprovar que elas estão aí, marcando presença na linha que vai da têmpora até o lóbulo da orelha. “Menos Wolverine e mais naturais, as laterais foram destaque em todos os desfiles da última temporada. Astros como Cristiano Ronaldo e David Beckham também ajudaram a disseminar o modismo”, afirma Tiago Parente, responsável pelo estilo de atores como Gabriel Braga Nunes, Caio Castro e Klebber Toledo. Dos 100 homens que o cabeleireiro atende por mês, a maioria tem aderido à técnica, que também serve para afinar rostos redondos e acentuar a mandíbula, símbolo de masculinidade. “Aquela cara lisa de príncipe, sem pelos, está em baixa entre os jovens”, garante o hairstylist.

Sinônimo de status e poder ao longo de gerações, a costeleta era tida como um sinal de fidalguia na Antiguidade. Esculpiu a aparência de figuras históricas importantes como Alexandre, o Grande, e o general americano Ambrose Everett Burnside, cujo sobrenome deu origem ao termo anglófono cunhado para designar as tais faixas laterais. Imortalizadas pelo roqueiro Elvis Presley na década de 50, as sideburns do ator Marlon Brando fizeram sucesso quando ele interpretou o líder de uma gangue de motoqueiros no filme O Selvagem (1953). Outros bad boys da época como o ator James Dean também se renderam ao look, numa espécie de estética da rebeldia. “Os pelos estão associados à liberdade, uma vez que o Exército passou a proibi-los no serviço militar. Hoje, no entanto, refletem mais um estilo de vida do que uma causa. Cultivá-los é descolado”, diz a pesquisadora Leusa Araujo, autora do Livro do Cabelo.

Estevam Avellar/Rede Globo (Gabriel), João Miguel Junior/Rede Globo (Guilherme), Reprodução/Rede Globo (Daniel)
Estevam Avellar/Rede Globo (Gabriel), João Miguel Junior/Rede Globo (Guilherme), Reprodução/Rede Globo (Daniel) ()

Democrático, o look pode ser adotado por todo e qualquer homem. Segundo Glecciano Luz, responsável pelas madeixas do rei Roberto Carlos, a versão da moda é a que vai até a altura do lóbulo da orelha e é pouco volumosa. Mas dá para brincar com o formato de acordo com as características e estilo do cliente. “Se a face for mais redonda, as costeletas podem descer um pouco abaixo das orelhas para alongar a silhueta. No caso dos rostos ovais ou muito finos, é só aumentar a espessura delas para abrir o visual”, explica. Outro uso muito em alta é emendá-las com a barba, emoldurando todo o rosto, como preferem os atores Cauã Reymond, Rodrigo Hilbert e Bruno Gissoni. Seja como for, a manutenção é simples: em casa, basta aparar as laterais a cada quinze dias para deixá-las bem definidas e na moda.

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