Referência no enfrentamento da pandemia do coronavírus no que diz respeito à saúde pública brasileira, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deu início à construção do Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19 – Instituto Nacional de Infectologia, que, grosso modo, será mais um “hospital de emergência” para ajudar no combate à doença, erguido em parceria com o Ministério da Saúde, sob investimento de R$140 milhões.
Segundo informações da instituição, que concedeu uma entrevista coletiva na manhã desta sexta (27), a unidade de montagem rápida (o canteiro da obras vai funcionar 24 horas por dia) terá 200 leitos exclusivos de tratamento intensivo e semi-intensivo de pacientes graves infectados pelo novo coronavírus (chamado Sars-CoV-2). Os 100 leitos iniciais do primeiro módulo ficarão prontos em quarenta dias.
Por lá, também haverá um sistema de apoio diagnóstico para todos os exames necessários, incluindo os de imagem, como tomografia computadorizada. “Nosso objetivo é minorar ao máximo os efeitos da pandemia. Estamos trabalhando em todas as frentes do combate ao novo coronavírus e nossos dois institutos, de produção de vacinas e medicamentos, participam ativamente desse esforço”, enfatiza Nísia Trindade Lima, presidente da Fiocruz.
Neste novo espaço ainda serão realizadas ações do ensaio clínico Solidariedade (Solidarity), da Organização Mundial da Saúde (OMS), liderado no Brasil pela Fiocruz. Para fins de contextualização, a iniciativa tem como objetivo investigar a eficácia de quatro tratamentos possíveis para a Covid-19. Vai funcionar assim: pacientes hospitalizados em dezoito hospitais de doze estados do país participarão do estudo, que conjuga esforços mundo afora para validar medicamentos que possam funcionar no combate à pandemia.