Com 35 lojas no Rio, o Grupo Parmê demitiu recentemente cerca de 470 funcionários da rede de pizzarias. Diante dos desligamentos, muitos dos ex-funcionários, revoltados, começaram a criticar a empresa dizendo que, no ato da dispensa, a marca teria informado que quem arcaria com a totalidade das verbas rescisórias dos dispensados seria o governo e que estariam tomando tal atitude amparados pela lei. Procurado por VEJA RIO, o grupo se manifestou, por meio de nota oficial, dizendo que tomou todas as decisões dentro da legalidade.
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Segundo a Parmê, cerca de 30% do quadro de funcionários, de fato, foi dispensado devido à crise causada pela pandemia do novo coronavírus e que a marca segue em operação de delivery e take away em apenas catorze unidades. A marca informou ainda que está encerrando definitivamente a operação das unidades do Largo do Machado, Shopping Tijuca, Barra Shopping, Conde de Bonfim e Shopping Jardim Guadalupe. Confira o comunicado na íntegra:
O Grupo Parmê lamenta profundamente a situação delicada de saúde pública pela qual encontra-se a cidade do Rio de Janeiro devido à pandemia mundial causada pela Covid-19. A empresa preza ao máximo pela higiene e biossegurança de seus restaurantes para garantir um ambiente seguro para colaboradores e clientes.
Neste momento, vem operando através de delivery e take away em apenas 14 das 35 lojas presentes na cidade. Como a crise trouxe consequências drásticas na economia para todos os setores, a Parmê foi levada, por motivo de força maior reconhecido por medida provisória – com pesar – a desligar cerca de um terço da equipe de forma legal, a fim de honrar com salários e infraestrutura dos mais de 1,4 mil colaboradores atuais.
Embora tenha sido a decisão mais difícil dos 47 anos de uma história de sucesso, a medida se tornou inevitável e o único caminho para que centenas de famílias fossem poupadas e permanecessem empregadas, já que, do contrário, mais unidades seriam fechadas definitivamente. A empresa lamenta informar que está encerrando definitivamente a operação das seguintes unidades: Largo do Machado (restaurante), Shopping Tijuca (restaurante), Barra Shopping (expansão), Conde de Bonfim e Shopping Jardim Guadalupe.
Assim, na certeza de ter prestado as informações necessárias, a empresa reitera sua política de respeito aos direitos trabalhistas e sociais e espera poder em breve recontratar grande parte dos funcionários desligados ou ajudá-los a se recolocar.
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Outra grande rede do mercado gastronômico, a Fogo de Chão também causou alvoroço ao demitir 436 funcionários da cadeia de churrascarias pelo Brasil, sendo 39 deles da unidade da Barra e 75 do endereço de Botafogo, que funcionam em sistema de delivery. Baseada no artigo 486 da CLT (aquele citado pelo presidente Jair Bolsonaro em sua polêmica declaração no fim de março), a empresa teria mandado os ex-colaboradores cobrarem do governo do estado, autoridade que decretou a paralisação das atividades do empregador.
Acionada, a assessoria de imprensa da churrascaria emitiu o seguinte posicionamento: O zelo por nossos colaboradores sempre foi compromisso central da filosofia de trabalho do Fogo de Chão. Reforçamos que atuamos seguindo as normas do artigo 486 da CLT indenizando os membros da nossa equipe de acordo com a lei, para que todos tivessem acesso ao pagamento de férias e 13º salário, além do acesso ao Fundo de Garantia e Seguro desemprego. A expectativa do Fogo de Chão Brasil é, à medida que os restaurantes reabram e a economia melhore, recontratar gradualmente a nossa equipe.
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