Cientistas da Coppe e do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desenvolveram um teste sorológico para detecção de anticorpos de Covid-19 que custa cerca de 20 vezes menos que os testes rápidos disponíveis em farmácias do Brasil, à venda por mais de R$ 100,00.
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Intitulada S-UFRJ, a metodologia do teste sorológico da UFRJ consegue captar anticorpos IgG (de longa duração) produzidos pelo corpo humano com precisão que chega a 100% depois de vinte dias do início dos sintomas. Segundo os resultados, o método também é capaz de identificar anticorpos dez dias após o começo dos sintomas, mas neste caso a precisão cai para 90%.
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A redução de custos (inferior a R$ 5,00, eles garantem) se deve sobretudo ao fato de que, apesar de ser do tipo Elisa (sigla em inglês para ensaio de imunoabsorção enzimática), o exame poder ser realizado com uma gota de sangue retirada da ponta do dedo, em vez de extrair sangue com uma seringa. Fora isso, outro fator que corrobora para o fato de ser mais em conta é a produção em laboratório da proteína S, que forma os pequenos espinhos que o coronavírus utiliza para invadir as células. Na verdade, o custo dos insumos necessários para o teste não passa de R$ 2,00, quando considerada a saúde pública e organizações não governamentais com isenções tributárias. E pode ser mantido até R$ 5,00 na iniciativa privada, segundo cálculos dos pesquisadores.
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O objetivo do estudo é tornar o teste sorológico mais acessível, inclusive em regiões mais distantes do país, que não dispõem de tanta estrutura laboratorial. Eis a razão pela qual a metodologia para a realização do teste foi publicada cientificamente para ser replicada por institutos de pesquisa, empresas e governos mundo afora – e não patenteada.