A crise na qualidade da água oriunda da Estação de Tratamento do Guandu, da Cedae, que atinge nove milhões de moradores do Rio e da Região Metropolitana, está roubando a cena no Carnaval deste ano. As referências (uma crítica bem-humorada à quantidade de substância geosmina encontrada no líquido, que alteraram seu gosto, cheiro e aparência) inspiram fantasias e sambas em blocos de rua pelos quatro cantos da cidade.
+Águas passadas não movem a geosmina
+“O que é que ainda precisa acontecer para a gente fazer uma guerra?”
A letra do samba do bloco Imprensa que eu Gamo, que desfilou no último fim de semana, fazia alusão à crise na água no trecho “povo vai tomando no Guandu”. Já o Xupa mas não baba, que sai neste sábado (15), em Laranjeiras, o tema também é a água, com versos que criticam a qualidade do líquido que chega às torneiras.
Em diversas lojas cariocas, a exemplo do complexo da Saara, no Centro, pode-se comprar fantasias já prontas. Foliões criativos, no entanto, preferem confeccionar seus trajes do zero. Pelo visto, a água é a estrela da folia do Carnaval 2020!