Mesmo com previsões de um mês de janeiro atípico devido ao volume de chuva que deve superar em 53,46% a média de precipitações dos últimos anos, as verbas destinadas às ações de prevenção a ocorrências resultantes de deslizamentos de terras e enchentes foram reduzidas. Em 180 comunidades do estado onde há risco de acidentes, as sirenes de alerta estão desligadas por falta de recursos ou problemas burocráticos relativos aos contratos, que não foram renovados.
Na capital, orçamento da prefeitura para 2017 previa um gasto de R$ 662 milhões em programas da Geo-Rio, da Rio Águas e da Secretaria de Conservação e Meio Ambiente (Seconserma) para amenizar os efeitos de temporais. Contudo, somente R$ 253,3 milhões (38,26%) foram efetivamente aplicados, segundo o secretário de Conservação, Jorge Felippe Neto. Já o gabinete da vereadora Teresa Bergher (PSDB) calculou que os valores ficaram em torno de R$ 135,3 milhões (20,43%). Ela ressaltou que os investimentos nessa área registram queda desde o governo do ex-prefeito Eduardo Paes, quando o gasto foi de R$ 475 milhões dos R$ 850,7 milhões previstos para 2016. Este ano, Marcelo Crivella reduziu quase à metade do que seu antecessor aplicou no ano anterior.