Caso utilize a máquina pública para defender interesses pessoais ou de grupos religiosos, Marcelo Crivella poderá ser afastado do cargo de prefeito do Rio até o julgamento do mérito da causa. A decisão foi anunciada nesta segunda por Rafael Cruz, juiz da 7ª Vara de Fazenda Pública da Capital.
A manifestação acontece após o Ministério Público estadual acionar o Tribunal de Justiça fluminense por conta de um evento realizado no Palácio da Cidade no último dia 4. Na ocasião, Crivella deu declarações que, após serem gravadas e tornadas públicas pelo jornal O Globo, foram interpretadas como oferta de privilégios a membros de igrejas evangélicas.
No texto da decisão, o juiz afirma que o comportamento do prefeito não está de acordo com “a moral, as regras de boa administração, os princípios de justiça e de equidade e a ideia comum de honestidade”. “Além de o Estado não poder pautar sua atuação geral conforme ditames de uma religião específica, proíbe-se que igrejas e grupos religiosos se utilizem do Estado para o fim de conquistar adeptos e privilégios”, escreveu Rafael.