Primeiro colocado nas pesquisas de opinião, o senador Marcelo Crivella (PRB) votou às 10h20, no Clube Marimbás, em Copacabana, acompanhado da mulher Sylvia Jane, dos filhos Rachel e Marcelo e da nora Maressa. Bem-humorado, ignorou os discretos protestos que ouviu assim que se reuniu com os jornalistas. “Crivella, o Rio não precisa de você”, gritou um ciclista que passava pela Avenida Atlântica. O candidato afirmou ter esperança de que o resultado possa ser decidido ainda no primeiro turno e não demonstrou preocupação com a pequena queda apontada recentemente. “Tenho muita esperança que essa onda cresça e se defina no primeiro turno”, afirma Crivella, confiante de que a impressão dos eleitores mudou. “O tempo muda as coisas. As pessoas passaram a me enxergar de outra forma. Aquela coisa de política com religião, que era uma pregação dos adversários exaustiva não tem mais importância. As pessoas viram que sou um político normal, um homem querendo fazer o bem”.
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Apesar de morar na Barra da Tijuca, o candidato manteve seu registro na zona próxima a casa de sua mãe, na Rua Francisco Otaviano, de onde chegou caminhando. Ele planejava rodar a cidade ao longo do dia dirigindo o próprio carro para encontrar os eleitores. E já faz planos para o recomeço da campanha a partir da próxima semana. “Pretendo continuar a trabalhar muito. É exaustivo acordar todo dia às 6h, nem sempre encontrar o eleitor bem-humorado. As pessoas não aguentam mais falar de política e dos políticos por causa dos escândalos, é natural que isso aconteça. Mas você tem que prosseguir, é duro”.
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Antes de votar, Crivella atendeu aos pedidos de fotos de duas senhoras que saíam da seção eleitoral, em seguida tentou cumprimentar uma jovem, mas recuou com as mãos levantadas ao vê-la usando um adesivo com o número de Marcelo Freixo (PSOL). A moça não resistiu e gargalhou com a reação do político. A família ficou no local por menos de dez minutos e antes de se despedir, o senador falou de possíveis alianças para o segundo turno, sem afirmar quem gostaria que fosse seu opositor. “Tanto eu quanto o Freixo fazemos oposição ao PMDB. Se for o candidato do PSOL, virão debates sobre as questões e as propostas para o Rio. Mas se for com o do PMDB, vamos falar sobre ética na política”, adiantou o candidato, que não citou em nenhum momento Pedro Paulo nominalmente e rejeitou qualquer possibilidade de aliança com o representante da atual adminstração no segundo turno. Além de percorrer a cidade durante o dia, ele lá se preparava para o pronunciamento sobre o resultado das eleições a ser feito em um hotel na Barra, à noite.