O desembargador Luiz Zveiter, ex-presidente do Tribunal de Justiça e candidato ao cargo outra vez, foi hostilizado na manhã deste domingo (4), durante manifestação contra a alteração da lei que estabelece dez medidas contra a corrupção. Zveiter foi cercado na portaria de seu prédio, na Praia de Icaraí, em Niterói (Grande Rio). Os manifestantes o chamaram de “ladrão” e chegaram a arremessar um tênis na sua direção. “Ô, Zveiter, pode esperar. A sua hora vai chegar”, gritava a multidão. Zveiter apressou-se a entrar no prédio. O magistrado foi reeleito presidente na tarde de segunda (5), com 113 votos, derrotando a Maria Inês da Penha Gaspar.
+ Cabral e Adriana Ancelmo mantiveram passaportes diplomáticos após renúncia
Zveiter respondia a Processo Administrativo Disciplinar no CNJ (Conselho Nacional de Justiça). O processo foi arquivado no último dia 8, cinco anos depois de ter sido instaurado. O desembargador havia sido acusado de conceder decisões que favoreceram a Construtora Cyrela, empresa defendida pelo escritório de seu filho, Flavio Zveiter.
+ Livro reúne fotografias do Rio a partir de 1970 até 2006
Em sua gestão como presidente do TJ, entre 2009 e 2011, Zveiter enfrentou uma das mais longas greves do Judiciário e tomou medidas consideradas impopulares: cortou a folha de pagamento e transferiu servidores para o interior. As medidas foram revistas.