Aparelho desenvolvido pelo francês Louis Daguerre, o daguerreótipo – primeiro processo fotográfico a ser comercializado, uma espécie de tataravô das câmeras – foi apresentado oficialmente ao mundo em 19 de agosto de 1839 pela Academia Francesa de Ciências. Desde então, a data é comemorada em todo o planeta como o Dia Mundial da Fotografia. Para celebrá-la, VEJA RIO apresenta uma seleção de livros que têm fotos como protagonistas. A cidade do Rio, essa beleza que a natureza criou, é o cenário em todos eles. Confira:
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Rio de Janeiro. Cores e Sentimentos – Walter Firmo – Nada é óbvio na cidade captada pelas lentes sensíveis deste fotógrafo autodidata carioca, que ingressou no fotojornalismo em 1955 ainda como aprendiz, no jornal Última Hora. Conhecido como “mestre da cor”, ele faz jus à fama neste livro, lançado pela editora Escrituras em 2002. Autor de imagens marcantes de personagens da cultura brasileira – como o icônico retrato de Pixinguinha com o saxofone na mão, numa cadeira de balanço – Firmo mostra nesta obra 77 imagens de um Rio vibrante e sedutor. Legendas em português, inglês, francês e espanhol.
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Cartiê Bressão. Liberté, Egalité et Brasilité – O livro, que teve sua primeira edição lançada em 2013, reúne uma seleção de fotos da autoria de Pedro Garcia, criador do personagem Cartiê Bressão, versão tupiniquim do fotógrafo e flanêur francês Henri Cartier-Bresson. Momentos e personagens típicos do cotidiano do Rio – como o jogo de altinho à beira-mar durante a maré seca e as velhinhas de cabelos brancos lendo as manchetes dos jornais pendurados na banca – vêm acompanhados de legendas bem-humoradas, que misturam uma espécie de carioquês com francês. É nesse dialeto próprio e inconfundível que Pedro mostra o seu olhar sobre a cidade. O prefácio conta com a assinatura luxuosa do pesquisador e professor de literatura Fred Coelho.
Augusto Malta e o Rio de Janeiro – 1903 – 1936. George Ermakoff – Primeiro fotógrafo oficial da prefeitura do Rio, Augusto Malta foi contratado por Pereira Passos em 1903 para registrar as transformações pelas quais a cidade iria passar. Durante 33 anos, clicou as principais obras que modernizaram a capital e fizeram dela a vitrine brasileira da Belle Époque. As construções e reformas – como as avenidas Central (hoje Rio Branco), Beira-Mar, Passos, o Passeio Público, o prédio atual da Fundação Biblioteca Nacional, o Teatro Municipal – eram um grande projeto da prefeitura em parceria com o governo federal para reurbanizar a capital e moldá-la como uma metrópole europeia, e Malta estava sempre por perto, documentando tudo. O livro, uma obra-prima lançada em 2009, traz centenas de imagens que ajudam a contar, em detalhes, a história do Rio.
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Rio de Cantos 1.000. Custodio Coimbra – A arquitetura do Rio é o objeto de interesse do “poeta da natureza”, como Custodio é conhecido por suas fotos de extrema beleza do meio ambiente – e, muitas vezes, pelas suas desconcertantes denúncias expostas numa única imagem e, que, por si só, valem mais que um milhão de palavras. Nesta obra, lançada pela editora Réptil em 2009, o premiado fotojornalista mostra os muitos Rios de Janeiro captados por suas afiadas lentes em cantos distintos da cidade, como o conjunto habitacional Pedregulho, em São Cristóvão, símbolo do modernismo, ou o mar de prédios de Botafogo, ao anoitecer. As imagens estão acompanhadas por textos da jornalista Cristina Chacel, que também assina o projeto editorial.
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Praias do Rio. 25 ensaios fotográficos. Vários autores – Com apresentação de Zuenir Ventura e textos de Claudia Gaspar, o livro contém 25 ensaios fotográficos das praias do Rio feitos por doze dos melhores fotógrafos da cidade. Com suas câmeras na mão e muitas ideias na cabeça, eles passearam pela orla carioca e mostram aqui o que captaram, de Ramos a Sepetiba, em imagens de um Rio que vai muito além dos cartões postais tradicionais da cidade. O livro foi lançado em 2005 pela editora Capivara, de Pedro Corrêa do Lago, e a escalação do timaço de profissionais é a seguinte: Ana Carolina Fernandes, Alexandre Sant’Anna e Bruno Veiga; Cesar Barreto, Marcelo Tabach, Marcia Kranz, Marco Terranova e Marcos André Pinto; Marcos Bonisson, Milton Montenegro, Rogério Reis e Zeca Fonseca.
Rio. Marc Ferrez / Robert Polidori – Cem anos separam as imagens da cidade feitas por Marc Ferrez e pelo canadense Robert Polidori. Reunidas nesta edição limitada em português, cada publicação apresenta cerca de 180 imagens e três textos de convidados. Integrante da Missão Artística Francesa, Marc Ferrez é um dos pioneiros da fotografia no Brasil, e autor de um dos principais documentos visuais do país, principalmente do Rio na segunda metade do século XIX. Já Polidori realizou uma extensa documentação da cidade em fotografias de grande formato, registrando as paisagens naturais e as construídas, de maneira similar àquela feita por Ferrez. O livro, de sofisticada beleza, foi lançado em 2015, numa parceria inédita entre a editora alemã Steidl e o Instituto Moreira Salles.