O médico Denis César Barros Furtado, o “Dr. Bumbum”, trabalhou no Palácio do Planalto durante o governo da ex-presidente petista Dilma Rousseff, em 2012. A passagem pelo Planalto foi rápida, cerca de três meses, mas neste período ele já costumava falar de sua especialidade e oferecer realização de procedimentos estéticos a quem foi atendido, criando queixas entre pacientes, conforme apurou o jornal O Estado de S. Paulo.
O Planalto confirma que Furtado trabalhou na Presidência da República, mas “não integrou o quadro” da Coordenação de Saúde. Durante o período que esteve servindo no local, ainda de acordo com informações obtidas pela reportagem, ele não teria atendido a ex-presidente Dilma ou seus parentes.
A assessoria não informou, no entanto, se chegou a ser instaurada alguma investigação para apurar o comportamento do médico. De acordo com dois servidores, a insistência do médico em falar sobre questões estéticas e principalmente em fazer exames mais detalhados nas pacientes causou estranheza.
Furtado foi preso na quinta-feira da semana passada, dia 19, juntamente com a mãe, Maria de Fátima Barros. Ele é investigado pela morte de uma de suas pacientes, a bancária Lilian Calixto, de 46 anos, após um procedimento estético de preenchimento dos glúteos, realizado em seu apartamento, no Rio. O “Dr Bumbum” estava trabalhando como médico temporário no Exército, em Brasília, quando foi designado para prestar serviços na Coordenação de Saúde da Presidência.
Furtado trabalhou também no Hospital Militar de Área de Brasília (HMAB). Por causa de queixas sobre seu comportamento, não teve o contrato prorrogado. Como temporário, ele poderia ter ficado no Exército por pelo menos mais três anos.
Segundo o Centro de Comunicação Social do Exército, Furtado é “ex-militar temporário, ingressou no Exército em 23 de junho de 2008 e foi licenciado por término de prorrogação de tempo de serviço em 31 de agosto de 2013”. Ainda conforme o Exército “a partir daquela data, foram encerrados todos os vínculos com o Exército Brasileiro, passando para reserva não remunerada”.
Quando era do serviço ativo do Exército, o “Dr. Bumbum”, além do Hospital Militar, serviu no Hospital das Forças Armadas e no Posto Médico da Prefeitura Militar de Brasília. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.