Carta ao leitor: dura realidade
Na crônica histórica da injustiça e da brutalidade oriundas do racismo, mulheres negras aparecem como o alvo mais vulnerável
Elas são as maiores vítimas de feminicídio. Choram com mais frequência a morte violenta de seus filhos e maridos. Ganham os menores salários e costumam ser submetidas a humilhações que outras não conhecem. Na crônica histórica da injustiça e da brutalidade oriundas do racismo, mulheres negras aparecem como o alvo mais vulnerável.
É trágico constatar que o problema persiste nos dias de hoje e não poupa ninguém, como denunciam as personagens que ilustram a capa desta edição. Mulheres de gerações e trajetórias distintas, a cantora Alcione, a jornalista Gloria Maria, a atriz Taís Araujo, a apresentadora Luana Xavier, a bailarina Ingrid Silva, a publicitária Luana Génot e a estudante Ndeye Fatou Ndiaye oferecem corajosos depoimentos sobre a inaceitável presença do racismo no cotidiano carioca.
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O assassinato do americano George Floyd, em maio, deflagrou uma onda de protestos que varreu o mundo e ganhou força por aqui também. Nossas entrevistadas mostram que não há motivos para a indignação arrefecer em todos nós, ao mesmo tempo em que é preciso lidar com as transformações provocadas por uma pandemia na cidade.
+As marcas do racismo na história de mulheres de diferentes gerações
VEJA RIO também traz notícias sobre as necessárias adaptações ao funcionamento de escolas, teatros e museus, as alternativas encontradas pelos restaurantes em meio à crise, a solidariedade nas favelas, a realidade do home office, os sonhos que o momento atual inspira e, ainda, a força simbólica do aniversariante Maracanã, que acaba de completar setenta anos. Boa leitura!
Fernanda Thedim, editora-chefe