Apesar de aprovar Operação da Garantia da Lei e Ordem (GLO) no Rio, o posicionamento de veículos blindados da Marinha na Praça Mauá desgradou o prefeito do Rio, Eduardo Paes. “Com todo o respeito ao departamento de marketing da nossa querida Marinha, esses tanques aí destroem o calçamento da Praça Mauá“, reclamou ele em post numa rede social. “Em tempo: em breve começaremos a implantar balizadores em todo o Boulevard para impedir absurdos assim!”, acrescentou. Esse não é o primeiro desentendimento de Paes com a Força Armada depois das obras do Porto Maravilha. Segundo o blog da jornalista Lu Lacerda, em 2016, ainda em seu segundo mandato, o prefeito criticou as grades colocadas pelos militares em trechos do Boulevard Olímpico. Segundo ele, o gradil restringia a circulação de cariocas e turistas e descaracterizava o projeto urbanístico da região. Depois da polêmica, a Marinha recuou e retirou as grades.
Com todo o respeito ao departamento de marketing da nossa querida Marinha, esses tanques aí destroem o calçamento da Praça Mauá. Dá próxima vez que o @JornalOGlobo for tirar foto de calçadas danificadas ali, já saberemos até quem foi. Em tempo: em breve começaremos a implantar… pic.twitter.com/CB4I6ABgVz
— Eduardo Paes (@eduardopaes) November 7, 2023
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A imagem que despertou a ira o descontentamento o prefeito foi publicada pelo jornal O Globo nesta terça (7) e mostra as equipes da Marinha paradas próximo aos museus da região e do Comando do 1º Distrito Naval. Os veículos blindados chegam a pesar 2,3 toneladas e estão entre os 120 equipamentos de transporte e suporte bélico em ação no Rio desde segunda (6), como parte da operação da Garantia da Lei e Ordem (GLO), que conta com 1.900 militares da Força.
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Em nota, a Marinha do Brasil informou que considerou, no planejamento para a GLO, veículos adequados ao uso urbano, “optando pelo emprego de blindados sobre rodas (pneu), ao invés de blindados sobre lagarta (esteira)”. E que “eventuais danos no calçamento ou em qualquer estrutura provocados pela Marinha serão reparados ou ressarcidos, logo que identificados”, e que “mantém um bom relacionamento com a Prefeitura do Rio e que o Comando da Operação está disponível para dialogar e colaborar com o órgão”.