Após a explosão que matou cinco pessoas e deixou doze feridos na Fazenda Botafogo, nesta terça, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) esteve no condomínio pela manhã. Foi vaiado ao chegar. Ele se reuniu com moradores do bloco do conjunto habitacional mais afetado e saiu sem dar entrevistas. As vítimas que morreram não teriam apresentado lesões e fraturas nos corpos. De acordo com a Defesa Civil do Município, não houve desabamento das paredes do edifício. O piso apenas teria cedido devido à explosão.
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A falta de ferimentos nos cadáveres pode ser um indício de morte provocada por inalação de gás. O subsecretário municipal da Defesa Civil, Marcio Motta, disse que equipes estão limpando o térreo para verificar o que há sob o piso destruído. O térreo afundou cerca de meio metro. “Estamos liberando os moradores aos poucos para buscar pertences mais urgentes, como remédios. Mas o prédio está interditado por tempo indeterminado”, disse.
Mais cedo, a Defesa Civil havia anunciado que o bloco ameaçava ruir. Motta desmentiu essa possibilidade. Mesmo assim, o prédio está interditado por tempo indeterminado.Moradores e vizinhos relataram uma “chuva de pedras” após a explosão, ocorrida por volta das 5h desta terça ( 5). A área está coberta por escombros de concreto e cimento e estilhaços das janelas destruídas.
Até o momento, a hipótese mais considerada pelos técnicos da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros é de que a tubulação subterrânea de gás, que passa diretamente sob o apartamento térreo do prédio, explodiu por causa de um vazamento.
A Companhia Estadual de Gás (CEG) foi duramente criticada pelo prefeito Eduardo Paes na manhã nesta manhã. Ele acusou a concessionária de omissão no atendimento. Os moradores e vizinhos também disseram que a CEG foi chamada várias vezes para resolver problemas relacionados ao forte cheiro de gás no condomínio.