Como era de esperar, a Igreja e o governo da Guanabara programaram a inauguração do monumento em homenagem ao santo padroeiro para o seu dia: 20 de janeiro. A cerimônia marcaria o início das comemorações do IV Centenário do Rio, em 1965. Passaram-se as semanas, porém, e o que se viu foi um familiar jogo de empurra entre escultores contratados, a superintendência de obras e a pedreira responsável pelo fornecimento de matéria-prima para a estátua, feita com cerca de 40 toneladas de granito do tipo ouro velho. Na data prevista, debaixo de chuva, a celebração, constrangida, se deu diante de um molde de gesso, ainda fresco, com metade do tamanho original. A imagem que hoje abençoa os cariocas, no bairro da Glória, só foi instalada três meses depois, curiosamente, no dia de outro mártir: Tiradentes.