A cozinha, bem equipada e onde predominam tons de vermelho, parece cenário de reality show de gastronomia. Logo ao lado, na oficina, com serrote, martelo e outras ferramentas, sobressai o verde-limão, cor viva como as encontradas nos escritórios de empresas de tecnologia do Vale do Silício. Mas não é nada disso. As duas instalações fazem parte das novas salas de aula da Cultura Inglesa, que vai investir 50 milhões de reais nos próximos três anos para reformar algumas de suas filiais, a começar por Botafogo, Leblon e Barra. Nesses espaços, não haverá apenas aulas tradicionais de inglês. “Teremos culinária, marcenaria e outras disciplinas, o que proporcionará ao aluno uma experiência divertida e enriquecedora culturalmente, potencializando o aprendizado. É isso que estamos buscando”, explica a CEO da Cultura Inglesa, Mariana Fontoura.
A Cultura não está sozinha nessa. Diante de uma concorrência acirrada, seja de aulas de idioma na internet, seja de colégios tradicionais adotando o ensino bilíngue, os cursos presenciais estão se reciclando, investindo em metodologias mais modernas que abarcam o uso de novas tecnologias e ferramentas. No Ibeu, os óculos de realidade virtual são um atrativo a mais ao possibilitar visitas a museus pelo mundo e mergulhos no fundo do mar durante as aulas. Mas um dos trunfos da rede está na parceria fechada com uma instituição americana que permite aos alunos cursarem in loco disciplinas do ensino médio do currículo escolar dos Estados Unidos — entre elas literatura americana e oratória. Uma vez formados, eles recebem um diploma equivalente ao da high school, que facilita o acesso a universidades fora do país. Outra rede tradicional, o Britannia vai expandir neste ano a proposta pedagógica com módulos especiais dedicados a empreendedorismo, inovação e diversidade. Tudo em inglês, é claro