Em meio a protestos e tumultos nas galerias, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou na tarde de desta segunda (21), em duas votações, a lei orçamentária do estado para 2016. O orçamento total previsto para o próximo ano é de aproximadamente R$ 80 bilhões.
No intervalo entre a terceira e quarta sessões extraordinárias do dia, após a votação da primeira redação do orçamento, um grupo de manifestantes tentou invadir o plenário, aos gritos de ‘Não Vai Ter Corte, Vai Ter Luta”. Estudantes e servidores protestavam contra a previsão de corte de 16% das verbas para as universidades estaduais.
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“A gente está com uma crise no estado que está mostrando quais são as prioridades que são aplicadas pelo governo Pezão. O primeiro a ser cortado é a educação. Estava planejado 46% de corte, que agora viraram 16%, mas continua sendo um absurdo. Na situação em que estamos hoje já não há dinheiro para pagar terceirizados, para pagar bolsistas e eles querem tirar ainda mais”, disse o estudante de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Théo Lobato, um dos manifestantes.
O grupo foi contido por alguns deputados e pelos seguranças da Alerj, que chegaram a usar spray de gengibre. Uma manifestante entrou no plenário e lá permaneceu por cinco minutos gritando palavras de ordem, antes de sair.
A Polícia Militar foi acionada, e ficou do lado de fora do Palácio Tiradentes, sem agir. Mais tarde, o presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB), afirmou que não pretende fechar as galerias da Casa para manifestantes por causa do tumulto desta segunda-feira.
O projeto de lei orçamentária recebeu mais de 6,9 mil emendas na Comissão de Orçamento, sendo 91% aprovadas. No final da tarde, o texto, já com as emendas, foi aprovado em segunda discussão.