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Engarrafamentos nas ruas do Rio voltam aos níveis da pré-pandemia

Segundo Centro de Operações do Rio, primeira semana útil de março registrou congestionamentos até maiores que os observados no mesmo período há dois anos

Por Da Redação
Atualizado em 11 mar 2022, 17h38 - Publicado em 11 mar 2022, 14h22
Engarrafamento
Marcha lenta: os cariocas levam, em média, 67 minutos para se deslocar de um ponto a outro do município; à frente do ranking da demora, só Bogotá, Cidade do México e Istambul. (Pixabay/Divulgação)
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Dois anos após o início da pandemia de Covid-19, que manteve a maior parte da população em casa, as pessoas estão de volta às ruas e, a reboque, os engarrafamentos também. Na primeira semana útil de março deste ano, após o feriado de carnaval, foram registrados congestionamentos tão grandes, ou até maiores, do que os observados nos dias iniciais do mesmo mês de 2020, antes de decretadas as medidas de isolamento social que esvaziaram a cidade. É o que mostra dados do Centro de Operações Rio (COR) e da CET-Rio coletados pelo jornal O Globo.

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Às 18h da última segunda (7), eram 137 quilômetros de trânsito parado, quase o mesmo que uma fila de carros da capital até Nova Friburgo, na Serra fluminense. Naquele dia, a média diária de engarrafamento no município fechou em 17,3 quilômetros, contra 14,7 quilômetros em 9 de março de 2020, uma segunda-feira. Às 19h da terça (8), os congestionamentos chegaram a 118 quilômetros, 107% a mais do que a média das semanas anteriores (57 quilômetros).

“Na Zona Sul, a volta do ensino presencial na rede privada ajudou nas retenções. Temos também mais carros de aplicativos circulando. E parte se deve a uma quantidade maior de carros enguiçados nas vias”, explica o chefe-executivo do COR, Alexandre Caderman.

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Na disputa por espaço nas ruas e avenidas, além de mais veículos de aplicativos, há um maior número de veículos de serviços de entrega do que há dois anos. Soma-se ainda outro impacto importante, provocado pelo sucateamento dos meios de transporte coletivos. São frequentes os problemas nos trens e no BRT. Também faltam ônibus e sobram passageiros nos pontos. O porta-voz da Rio Ônibus, Paulo Valente, admite que há menos coletivos em circulação — são cerca de 3 mil, contra o dobro dois anos antes. E, segundo ele, o panorama atual não ajuda na busca por saídas a curto prazo: “Com o tempo de viagem (num itinerário) aumentando, os coletivos fazem menos viagens, e o tempo de espera (nos pontos) é maior”.

“Estamos fazendo ajustes constantes na programação dos sinais. E avaliamos a retomada de faixas reversíveis: já voltamos na Avenida Niemeyer e na Praia da Reserva. Mas o volume de trânsito ainda não justifica que façamos o mesmo, por exemplo, na orla e no Humaitá”, diz o presidente da CET-Rio, Joaquim Diniz, observando um aumento no tráfego em vias expressas como a Avenida Brasil e a Linha Vermelha.

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Diniz acrescenta que ainda não observou essa tendência nas vias do Centro, onde ainda há muitos escritórios fechados. Mas isso pode mudar logo. Um indício é o aumento dos preços dos aluguéis de vagas de garagem. “Até 2020, uma vaga no Centro saía a R$ 550 mensais. Com a pandemia, caiu para R$ 200. Mas começamos a ver um aumento da procura. Hoje, já tem vaga saindo a R$ 350 por mês”, diz Cláudio Castro, da Sérgio de Castro Imóveis.

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