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Do Império a Viradouro, veja os enredos que vão cruzar a Sapucaí em 2023

Seis das 12 escolas do Grupo Especial vão focar em temas ligados ao Nordeste; desfiles começam às 22h de domingo (19)

Por Da Redação
16 fev 2023, 11h56
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  • Dez meses após um Carnaval fora de época forçado pelos efeitos da variante Ômicron da Covid-19, as doze escolas de samba do Grupo Especial voltam ao Sambódromo na data oficial da festa. Seis delas trazem para a Avenida enredos ligados ao Nordeste, sendo que quatro mais diretamente: Imperatriz, Mangueira, Mocidade e Unidos da Tijuca.

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    O Império Serrano abre a noite de domingo (19), a partir das 22h, seguida da atual campeã, Grande Rio, mais Mocidade, Unidos da Tijuca, Salgueiro e a Mangueira. Já na segunda (20), a Paraíso do Tuiuti recomeça a folia na Sapucaí, que terá ainda o desfile centenário da Portela, Vila Isabel, Imperatriz, Beija-Flor e Viradouro.

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    Confira os enredos dos desfiles de domingo (19)

    Império Serrano
    22h
    Carnavalesco: Alex de Souza
    A escola de Madureira volta ao Grupo Especial com o enredo “Lugares de Arlindo”, uma homenagem a um de seus mais importantes baluartes, o músico e compositor Arlindo Cruz, que ainda se recupera de um acidente vascular cerebral sofrido em 2017. O enredo se baseia na canção “O meu lugar” para contar a vida e obra desse imperiano que foi a estrela do Fundo de Quintal. Nele há destaque para a importância de Bárbara Cruz, a Babi, grande amor de Arlindo e eterna porta-bandeira da Mocidade Independente.

    Grande Rio
    Entre 23h e 23h10
    Carnavalescos: Gabriel Haddad e Leonardo Bora
    Atual campeã do Carnaval carioca, a Grande Rio, homenageia Zeca Pagodinho, um de seus mais ilustres moradores em “Ô Zeca, o pagode onde é que é?”. O enredo da tricolor de Caxias cita a música “Zeca, cadê você?”, composição de Jorge Aragão e do próprio homenageado, refaz os trajetos do artista e leva para a Sapucaí um “Zeca way of life”.

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    Mocidade Independente de Padre Miguel
    Entre 0h e 0h20
    Carnavalesco: Marcus Ferreira
    A escola de Padre Miguel mostrará ao público um pouco do legado de artistas discípulos do mestre Vitalino, o popular ceramista do Alto do Moura, em Pernambuco. Vitalino Pereira dos Santos é conhecido por suas peças de cerâmica que trazem figuras inspiradas nas crenças populares, no cotidiano, em rituais e em cenas do universo rural e urbano.

    Unidos da Tijuca
    Entre 1h e 1h30
    Carnavalesco: Jack Vasconcelos
    A maior baía do Brasil, com cerca de mil quilômetros de extensão e mais de 50 ilhas, vai encher a Sapucaí de histórias no desfile da Unidos da Tijuca. Referência de diversas crenças, a Baía de Todos os Santos, na Bahia, foi assim batizada pelos portugueses e inspira o enredo da escola, que parte dos tempos em que era a kirimurê, como os tupinambás a chamavam, até desembocar nas religiões de matriz africana. “Beira de baía que desagua minha fé / Pode ser na missa ou no xiré do candomblé”.

    Acadêmicos do Salgueiro
    Entre 2h e 2h40
    Carnavalesco: Edson Pereira
    Em “Delírios de um paraíso vermelho”, a escola do Borel exalta a liberdade de expressão a partir de figurações e representações da treva e do paraíso pelos olhos e pela imaginação de Joãosinho Trinta, um dos mais importantes carnavalescos do Carnaval.

    Estação Primeira de Mangueira
    Entre 3h e 3h50
    Carnavalescos: Annik Salmon e Guilherme Estevão
    Em “As Áfricas que a Bahia canta”, a verde e rosa vai abordar a diversidade e a pluralidade de construções, imaginações e recriações de África através dos cortejos negros do carnaval baiano.

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    Confira os enredos dos desfiles de segunda (20)

    Paraíso do Tuiuti
    22h
    Carnavalescos: Rosa Magalhães e João Vítor Araújo
    A Tuiuti abre os desfiles do segundo dia passando a boiada dos búfalos da Ilha de Marajó, no Pará. com o enredo “Mogangueiro da cara preta”, a escola de São Cristóvão aproveita a história da chegada dos animais originários da Índia ao Brasil para falar das especiarias, das festas nortistas, de Mestre Damasceno, grande artista popular marajoara que criou um “Búfalo – Bumbá” e muito mais.

    Portela
    Entre 23h e 23h10
    Carnavalescos: Renato Lage e Márcia Lage
    Comemorando 100 anos de avenida, a Portela vai não apenas relembrar seus grandes carnavais e enredos do passado, mas também homenagear suas figuras mais ilustres. Em “O Azul que vem do infinito”, o samba é narrado por Paulo Portela, um dos fundadores da escola de Madureira ao lado de Rufino e Caetano.

    Vila Isabel
    Entre 0h e 0h20
    Carnavalesco: Paulo Barros

    A azul e branca da Vila vai exaltar as festas religiosas do Brasil em “Nessa festa, eu levo fé!”. Desde as crenças pagãs em vários deuses, representado pela figura de Dionísio e na incorporação do deus da Grécia pela mitologia romana na figura de Baco, passando pelos egípcios, andinos, indígenas, orientais, cristãos…

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    Imperatriz Leopoldinense
    Entre 1h e 1h30
    Carnavalesco: Leandro Vieira
    A escola da Leopoldina resgara a história de Lampião e sua tentativa de entrar no inferno após a morte, frente à resistência do diabo que vê diante de si um homem pior que ele próprio. No enredo, o cangaceiro volta à terra e se abriga atrás do dente canino e pontiagudo de uma carranca que navegava no São Francisco, aparece nos versos de Patativa do Assaré, na sanfona de Luiz Gonzaga, nos bonecos de barro de Vitalino e, por fim, baixa na Sapucaí.

    Beija-Flor
    Entre 2h e 2h40
    Carnavalescos: Alexandre Louzada e André Rodrigues
    A escola de Nilópolis vai focar nos excluídos da Independência do Brasil, ressignificando o sentido do fato histórico na Avenida. Para isso, vale-se não tanto do bicentenário do 7 de setembro, mas de outro marco que completa 200 anos em 2023: a Independência da Bahia, em 2 de julho de 1823. Na ocasião, os portugueses foram expulsos, o que no enredo levou ao protagonismo popular, em especial afro-ameríndio e feminino.

    Viradouro
    Entre 3h e 3h50.
    Carnavalesco: Tarcísio Zanon
    A Viradouro investe na vida e na obra de Rosa Maria Egipcíaca em seu desfile de 2023. Nascida em Benin, na África, capturada pelo tráfico negreiro e levada para o Rio de Janeiro, onde permaneceu por mais de dez anos, até 1733, ela foi levada para Minas Gerais, onde viveu como prostituta por 15 anos. Por suas visões espirituais, foi até considerada santa por alguns, mas passou a ser perseguida por religiosos e vigiada pela Inquisição da Igreja Católica.

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