Desde 2003, quando foi revelada para o grande público em Malhação, a atriz paranaense vem se desdobrando em várias frentes. Fora o trabalho na televisão, que tem consumido a maior parte do seu tempo, ela atua no cinema e no teatro, além de já ter lançado dois discos como cantora. Atualmente, pode ser vista na novela de época Lado a Lado, no papel da independente Laura Assunção, e na peça O Desaparecimento do Elefante, com direção de Monique Gardenberg e Michele Matalon, em cartaz no Teatro Fashion Mall. Compilação de cinco histórias do escritor japonês Haruki Murakami, o espetáculo traz Marjorie (ao lado de um numeroso elenco) na pele de duas personagens: uma misteriosa mulher que, cheia de segundas intenções, telefona para um homem, e uma hilariante japonesa que parece ter saído das páginas de um mangá.
Em O Desaparecimento do Elefante, você tem uma cena de masturbação. Chegou a ficar preocupada? Não, confio muito no bom gosto da Monique. Em outra peça que fizemos juntas, O Inverno da Luz Vermelha, minha personagem tinha uma cena de sexo. Fiquei muito satisfeita com o resultado e achei que não seria diferente agora. Ela é sempre muito delicada e elegante, até mesmo quando se mostra agressiva ou ousada. É uma combinação muito interessante, que me provoca e ao mesmo tempo transmite confiança e conforto.
Seu último disco de estúdio já tem cinco anos. Você deu um tempo na carreira de cantora? Sempre tenho projetos variados em andamento. Existe espaço para todos eles, e o momento faz as prioridades. Procuro ter um planejamento para realizar tudo o que quero. O terceiro CD é um desses projetos que estão em processo. Atualmente estou definindo o conceito do disco e reunindo o repertório. Acredito já ter metade das canções. A ideia é entrar em estúdio até o fim do ano.
Você vem emendando uma novela na outra e agora está em Lado a Lado. Com tantos ofícios em paralelo à vida de atriz, não tem vontade de dar um tempo na TV para poder se dedicar a eles? É difícil conciliar, mas não impossível. Claro que seria melhor se não houvesse a pressão do relógio. Mas amo o meu trabalho, adoro fazer televisão e tive muita sorte, pois me foram sugeridos personagens sempre muito interessantes. Por ora, não me passa pela cabeça ficar longe dos sets de gravação.